Poesias

As pedras de Paraty

Poesia de Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial

Inspiração: FLIP (Paraty-RJ)

Caminho pelas ruelas enigmáticas
indecisas e temerárias de Paraty:
casarões e arandelas centenárias
casas nobres, com eiras e beiras
sob o céu cinzento de Paraty
Casas de engenho, igrejas barrocas
terras batidas… escravos itinerantes
domínio e poder das cortes lusitanas
dos rios Minho e Douro tão distantes

Publicidade

Leia também

  1. Evasivas

De pesadas pedras carregados
de Portugal, os navios vindouros
para calçar estreitas e longas ruas
de contrapeso, iam nossos ouros
Cupidez insana, avassaladora
de avaras cifras acumuladas
para escolhidas e poucas mãos
fartas esperanças quiméricas
muitos frutos e sonhos vãos
Em tuas ruas, inóspitas pedras
pedras ousadas, pedras polidas
pedras angulares, pedras roliças
pedras lisas, cansadas da vida…

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?