“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”. Cora Coralina
A vida material pode ser comparada a um canteiro para semeadura. Quem já conhece os efeitos do bem sabe que nossa colheita será o resultado de nossas atitudes e comportamentos. Pela graça Divina temos a liberdade de escolha a cada minuto, e cada um de nós possui em si a semente de todos os sentimentos; a questão é: qual escolhemos cultivar?
Já ouvimos que o tempo decide quem nós conhecemos e o que experimentamos ao longo da nossa existência. Que nosso coração decide quem queremos na nossa vida. Porém, as nossas escolhas e atitudes decidem quem irá permanecer nela.
O professor da Unicamp e escritor Rubem Alves, que era deísta (1), tem esse pensamento muito profundo: “Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno”. Tanto no aspecto físico quanto com as compulsões (lembranças dos vícios), como no emocional com sentimentos e ideações.
O cérebro precisa de treinamento para largar os velhos vícios. Hábitos como fumar, beber, comer e comprar despertam sensações de prazer ao liberar o neurotransmissor dopamina no sistema nervoso – o nosso sistema de recompensa natural.
O psiquiatra argentino Eduardo Kalina, respeitado especialista no tratamento de dependentes químicos, fez um alerta: “O cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga – tabaco, álcool e outros”.
Os fatores de risco ao coração começam com o álcool, colesterol elevado, diabetes, estresse, hipertensão, sedentarismo, obesidade e tabagismo.
A prevenção é o melhor caminho para cuidar do coração, e esses são alguns dos fatores de prevenção ao coração para evitar as mortes precoces (2): combinar uma alimentação equilibrada à prática regular de atividades físicas semanais. Analisar o que pode produzir ou evitar o estresse; ter mais tempo para família, amigos, espiritualidade e lazer. Controlar o peso.
Em clínicas de tratamento, vejo que as pessoas que deixam de usar cigarro ou drogas transferem sua ansiedade e fissura para a comida, e então surge a obesidade, pressão alta, diabetes, quando não se aplicam ao autocontrole e exercícios.
O ideal é, ao deixar o consumo de bebidas alcoólicas, beber mais água. Não resta dúvida que abandonar o cigarro é fundamental; de cada dez casos de câncer de pulmão, nove são consequência dele e, combinado com álcool, são responsáveis por 100% dos casos de câncer de boca. Assim: marcar uma data ou parar de uma vez, buscar apoio e tratamento médico e insistir, pois, é possível.
As pessoas que escolhem os vícios talvez não tenham parado para pensar no quanto é bom ter comportamentos sadios, pois assim não precisarão conhecer as consequências do mal em seus corpos e em seus espíritos no futuro.
Como disse o modelo e guia da humanidade, Jesus, o médico da alma: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca”. (Lucas 6:45)