Embora os termos morais e cerimoniais não constem na Bíblia, como disse um religioso oriental, todos entendem que a lei que trata da guarda do sábado, não matar, não roubar, não adulterar, não fazer imagem de escultura… (Êxodo 20:3-17) é moral e a que “consta de festas e cerimônias” é cerimonial.
Assim que Adão e Eva pecaram, viram que estavam nus. Deus os cobriu com couro de um cordeiro (Gen. 3:21). Foi o primeiro sacrifício, o cordeiro morrendo pelo pecador.
Deus inaugurou um sistema cerimonial para lembrar a promessa divina: Porei inimizade entre ti (Diabo) e a mulher (Igreja) entre a descendência do Diabo o Seu descendente (Jesus) Este feriria a cabeça do Diabo e ele, o calcanhar de Cristo. (Gen. 3:15) Portanto, todos os pecadores, (Abel, Noé, Jó, Abraão, etc.) crentes nessa promessa, sacrificaram cordeirinhos.
Depois de 450 anos de escravidão, os israelitas assimilaram outra cultura, tornaram-se idólatras e ignorantes das promessas divinas feitas aos seus ancestrais e a eles mesmos. (Gen. 3:15, 12:7) Então Deus ordenou que Moisés ensinasse ao povo a lei cerimonial, das festas e sacrifícios pelos pecadores. (Lev. 7:37-38) Mais tarde ordenou que Moisés escrevesse num livro as festas. (Lev. 23 e Núm. 28 e 29) Os levitas colocaram-no ao lado da arca no santuário. (Deut. 31:24-26)
Essa lei cerimonial, a qual constava de festas, holocaustos, cerimônias sacerdotais, lembravam e ensinavam aos descendentes de Abraão que Jesus Cristo viria a este mundo, morreria na cruz, mas ressuscitaria (só foi ferido no calcanhar – Gên. 3:15) e sentenciaria Satanás, a antiga Serpente, à morte. (Apoc. 12:9)
As As festas religiosas judaicas eram:
A páscoa, que durava 7 dias, no dia 14 do primeiro mês era sábado santo, a páscoa. Comiam um cordeiro branco, sem defeito, assado, sem quebrar osso algum (Êx. 12:5-6, Lev. 23:5), no sétimo dia, 21 era outro sábado comiam pão sem fermento. (Lev. 23:6) Lembrava “Cristo, nossa páscoa” (1Cor. 5:8) viria para morrer sem pecado, a fim de salvar a humanidade. (Lev. 23:5-8)
Os animais sacrificados também simbolizavam Cristo, o Cordeiro de Deus, Salvador dos pecadores. João Batista testemunhou sobre Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (João 1:15, 29, 36)
Passando sete semanas, o quinquagésimo dia era sábado, era a festa de Pentecostes (significa 50 dias). Celebrada no dia 1 do sétimo mês. Ofereciam animais em sacrifício e dois pães. A festa do Pentecostes, também chamada festa das primícias, lembrava Cristo como as primícias dentre os mortos (1Cor. 15:20).
No dia 10 do mesmo sétimo mês era sábado, comemoração da Expiação. Havia a festa chamada, em hebraico, “Kippurim”, significando cobrir, ou seja, o pecador estava sob o perdão de Deus graças à morte de Jesus Cristo. (Lev. 23: 27-32)
No dia 15 do sétimo mês, outro sábado para comemorar a festa dos tabernáculos. Este festival se estendia por sete dias e culminava, no dia 23, o oitavo dia, um novo sábado. (Lev 23: 34-36)
Como visto, todas as festas tinham um ou dois sábados, comemorados do nascer ao pôr-do-sol, horário em que todos se ocupavam com as coisas religiosas, mas nenhum deles se ocupava com os outros afazeres. No entanto estes sábados diferem do semanal, porque eram celebrações em dias anuais fixos: dia 14 e 21 do primeiro mês (Lev. 23:5,7-8); dia 1; 10 e 15 do sétimo mês. (Lev 23:24, 27-28)
Essas festividades e sacrifícios de animais eram tipos de Cristo, e foram extintos quando o Verdadeiro Cordeiro foi morto na cruz em resgate daqueles que nele creem. Até a grossa cortina do santuário, onde aspergiam sangue de animais, rasgou-se miraculosamente de cima para baixo (Mat. 27:50-51), indicando a cessação dessas cerimônias; não precisava mais indicar que Jesus viria, Ele já havia vindo e cumprido a profecia de Daniel 9:27: “Ele firmará o concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a ofertas de manjares”. A lei cerimonial foi anulada por Cristo. (Ef. 2:1)
Paulo confirmou em Col. 2:13-17, ”ninguém vos julgue pelo comer, beber (páscoa), ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados cerimoniais, porque Jesus cancelou na cruz a lei cerimonial, contrária a nós.
No entanto os dez mandamentos, são princípios pétreos, imutáveis, aos quais Jesus obedeceu e disse que deles não se poderia omitir nem um til. (Mat. 5:17-18)