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Artigo – Dia da vitória dos aliados

 

Denizart Fonseca

Pronunciamento do 1º. Tenente Especialista Reformado da Aeronáutica, Ex-Combatente e Jambock Honorário – Denizart Fonseca – no Tiro de Guerra 02-011 de Capivari.

Dignas autoridades Civis e Militares – Senhoras e senhores.
Prezados companheiros da Força Expedicionária Brasileira.
Jovens Atiradores.
Atendendo ao convite do Sub-Tenente Marcos Antonio Sábio, digno, competente, disciplinado e disciplinador Instrutor Chefe deste QG – Escola de Civismo e Amor à Pátria, em nosso nome e dos ex-combatentes faremos uso da palavra, enaltecendo esta data e todos os que direta ou indiretamente colaboraram para a sua existência.
Hoje, dia 8 de Maio de 2012, podemos mais uma vez orgulhosamente, como participantes, comemorar a histórica façanha; a vitória dos Países aliados na 2ª Conflagração Mundial, com o término daquelas atividades militares.
O torpedeamento por submarinos alemães a navios mercantes brasileiros, no início da década de mil n0ocvecentos e quarenta, num aviltamento à soberania nacional, envolveu o nosso País á esse flagelo, integrando-o a uma cruzada em defesa da democracia e liberdade mundial. Alegando ignorar o uso das rotas marítima no Atlântico Sul, o traiçoeiro agressor ignorou a nossa neutralidade no conflito, praticando repetidos atos de violência que sacrificaram centenas de inocentes vítimas.
A opção pela utilização das nossas Forças Armadas tornou-se o único caminho para responder as ultrajantes agressões, somando o anseio da sociedade, a determinação do Governo brasileiro, em revidar tamanha afronta, confirmadas pela formal declaração de guerra aos Países do eixo: Alemanha, Japão e Itália.
Nossas Forças de Terra, Mar e Ar mobilizaram-se para defender o litoral brasileiro e garantir a integridade do saliente nordestino, vital para a segurança da Pátria.
A Marinha de Guerra, também contribuiu para o sucesso transportando as tropas expedicionárias para que ilesas, cruzassem a imensidão atlântica, com a colaboração da FAB – Força Aérea Brasileira, superando todas as dificuldades, patrulhou diuturnamente nossa extensa costa litorânea, garantindo segurança para que a Marinha Mercante mantivesse a navegação de cabotagem, essencial à vida da população.
Foi, porém, na península itálica que o militar brasileiro enfrentou os maiores desafios, pois além da reconhecida capacidade de combate dos adversários germânicos, nossos soldados passaram pelo sofrimento de um ambiente impiedoso e adverso mesmo para as tropas experientes de outros exércitos, já adaptados ao campo de batalha.
Alimentando-se das adversidades, os nossos “pracinhas” agigantaram-se em terra fazendo a “Cobra fumar” e nos céus da Itália o Esquadrão “Sentando a Pua” da FAB, testemunharam o heroísmo dos nossos soldados na terra e no ar.
Nos campos a FEB, enfrentando com coragem e bravura o forte inimigo, sob baixa temperatura se deslocava por terreno acidentado, prosseguindo para o estratégico Vale do Pó. No ar os heróicos pilotos do 1º. Grupo de Aviação de Caça comandados pelo então Ten.Cel.Av. Nero Moura, destacando-se o hoje Major Brigadeiro do Ar – Rui Moreira Lima que no avião P-47 Thunderbolt, código D-4, desempenhando 94 missões além dos limites da ousadia, “martelava” “Sentando a Pua” nos objetivos importantes, livrando-se com habilidade do intenso fogo antiaéreo inimigo, para regressar coberto de glorias fazendo jus aos Títulos, e honrosas citações do Comando da Aviação Norte-americana da qual fazia parte.
De todas as heróicas investidas das Forças Armadas Brasileiras – muitas foram essenciais para o sucesso final dos aliados na Itália.
Na guerra que só traz infortúnios para a humanidade, ficou comprovado, o valor moral de homens, conscientes de estarem entregando suas vidas, na defesa da honra nacional e da democracia.
Estamos comemorando a Vitória que após sangrenta luta nos devolveu a Paz, e desde então, o mundo vem passando por grande evolução em todos os setores, porém nem sempre os diálogos conseguem chegar a um divisor comum. A guerra é um fato social existente desde a criação do mundo.
A História tem demonstrado que; Forças Armadas bem equipadas e adestradas representam instrumento imprescindível à soberania das nações e equilíbrio no poder. Embora a situação internacional, não nos leve a pensar em conflitos iminentes, é nosso dever cuidarmos da preparação e manutenção da defesa do nosso País, maneira única de garantirmos a Paz e nela nos mantermos no cumprimento imposto pela Constituição.
Como representantes armados de uma pacífica sociedade as nossas Forças Armadas permanecerão; atentas e prontas, moral, intelectual e tecnicamente preparadas para cumprir a nobre, necessária, intransferível e constitucional missão de defender nosso torrão amado.
O Dia da Vitória confirma que não se renuncia a luta quando apenas ela pode restabelecer o equilíbrio e conquistar a Paz. Não se desprezam impunemente as armas quando elas são; a última razão entendida pelos que desprezam a Liberdade, Igualdade e Fraternidade e amesquinham a segurança nacional.
A Paz é a atmosfera acariciante que auxilia os povos na conquista do Amor e da Sabedoria e apenas com ela são obtidos em harmonia, os grandes empreendimentos, a Ordem o Progresso e o conforto.
Fomos creados por Deus para que; com a aquisição da Verdade, atinjamos a Paz e conseqüente Felicidade, que nos aproximará um pouco da Sua Luz, sendo nosso dever mantermo-nos dignos e a altura dos heróis que a mais de meio século honraram esta amada Pátria por Ele abençoada, evitando a guerra, causadora da desolação, sofrimento, infortúnio, desgraças e morte.
Aos companheiros que tombaram na árdua batalha, nossa imorredoura e respeitosa consideração e aos que cobertos de gloria, felizes pelo dever cumprido retornaram à Pátria agradecida, em reconhecimento, nosso fraternal abraço.
8 de Maio – Dia da Vitória! Lição que jamais será esquecida!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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