Independentemente de qualquer motivo, fase ou circunstância, a camisa de um grande clube de futebol deve ser respeitada. Resultados ruins, técnicos e dirigentes que vão e vem com a mesma velocidade de uma flecha não devem ser levados em consideração. E Chicão, o capitão, não respeitou a portentosa e gloriosa camisa do Corinthians.
Um líder não pode se recusar a ficar no banco de reservas. Não pode jogar o treinador na berlinda. Ainda mais antes de um clássico.
E o pior é que os dirigentes corintianos foram coniventes. Não puniram o desobediente jogador.
Fico imaginando Sócrates, por exemplo, pedindo para Vicente Matheus ficar fora de um clássico contra o São Paulo porque foi sacado do time titular. Isso jamais aconteceria! Como jamais aconteceria se o técnico do Coringão fosse Luiz Felipe Scolari ou Vanderlei Luxemburgo.
Chicão foi um líder negativo. Deixou Tite e o grupo em uma situação constrangedora. Fatores como esse fazem um time ser campeão ou não. Fora de campo, o Timão ficou perdendo com um gol contra de seu próprio capitão.
São Paulo
Luis Fabiano, enfim, fará sua reestreia com a camisa do São Paulo. É claro que a torcida tricolor faz festa e comemora. Mas a vergonha que a diretoria são-paulina passou neste caso não será esquecida tão cedo.
Fabuloso foi apresentado no dia 29 de março. 45 mil pessoas foram ao Morumbi vê-lo. Foram marcadas duas datas para ele estrear ainda no primeiro semestre, durante a Copa do Brasil. E ele entrará em campo apenas no dia 2 de outubro.
O presidente são-paulino Juvenal Juvêncio sabe que errou ao não enviar um médico para avaliar o jogador ainda na Espanha. O fisioterapeuta que o examinou não detectou que o caso dele necessitava de cirurgia.
Futebol é tão imprevisível que o errado pode dar certo. Mesmo na reta final do Brasileirão e fora de forma, o Fabuloso pode ser o diferencial que falta para o São Paulo ser apontado como favorito ao título brasileiro.
