Só em Piracicaba, até setembro deste ano, mais de 3.018 pessoas foram diagnosticadas com dengue, número que ultrapassa os casos diagnosticados de janeiro a dezembro de 2011, que foram de 684, de acordo com a última pesquisa feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba.
O grande foco da doença em Piracicaba está na zona sul, abrangendo os bairros Pauliceia, Vila Cristina e Monte Líbano, entre outros, incidindo o maior número da cidade, com aumento de 35% dos casos.
Nas cidades que compõem a DRS-10 (Departamento Regional de Saúde), a queda dos casos de dengue foi de 44%, passando de 6.058 em 2011 para 3.344 em 2012. No estado de São Paulo essa queda foi ainda maior, passando de 88.916 para 19.929, atingindo 77%.
De acordo com um boletim enviado pela Vigilância Sanitária de Capivari, apenas 9 casos de dengue foram registrados na cidade, todos eles diagnosticados no período de janeiro a setembro de 2012. Já no ano de 2011, foram 74 notificações, com 35 casos negativos e 39 positivos.
Segundo a Prefeitura, os bairros que apresentaram maiores focos da doença foram Cancian e Castelani, onde estão sendo intensificadas as ações dos profissionais da Secretaria da Saúde.
Após a epidemia que assustou Capivari em 2010, a cidade intensificou o seu trabalho de prevenção, e parece que essa iniciativa tem dado certo. É muito importante que a população se mobilize e ajude a evitar a proliferação do mosquito. Cuidar da própria casa, falar com os vizinhos e manter contato com a prefeitura sobre focos da doença são atitudes que praticamente inibem outra epidemia.
A Prefeitura garante que houve uma intensificação nas ações de prevenção e orientação com palestras nas escolas e empresas, trabalho dos agentes da Secretaria Municipal de Saúde casa a casa dos munícipes, imóveis especiais, imobiliárias, realizando nebulização. “Desde 2010, a Prefeitura Municipal trabalha com campanhas de prevenção para toda a população junto aos meios de comunicação, como jornal e rádio, assim como com a comunicação visual por meio de faixas, cartazes, panfletos e outras ações de conscientização para eliminação dos criadouros do mosquito aedes aegypti”, afirmou a Secretaria de Comunicação.
Em Rafard a situação é menos alarmante, conforme notificou Celso Cerezer – Chefe da Divisão de Vigilância Sanitária – em 2010 foram registrados 33 casos suspeitos e 11 confirmados. Nos demais anos, 2009, 2011 e 2012, não houve registros.
Cerezer informou que na última avaliação em 600 imóveis, que aconteceu de janeiro a julho deste ano, em apenas duas foram encontrados larvas, mas, o caso foi averiguado, orientado e solucionado. “Nós temos 1.800 casas cadastradas e as visitas acontecem a cada 3 meses, sendo no total, 4 visitas em cada residência por ano. Quinzenalmente ainda, são realizadas visitas em pontos estratégicos, como: borracharias, cemitérios, CIRETRAN (Circunscrição Regional de Trânsito), entre outros”, declarou.