24/02/2017
Análise do treino do Palmeiras
ARTIGO | Minha função no rádio e na TV é prioritariamente de estúdio. Fazendo plantão esportivo, ancoragem e apresentação. Mas faço questão de sempre ir a campo. Acompanhar um treino é sempre muito enriquecedor. Além da parte futebolística em si, dá para analisar o ambiente, a atmosfera do clube.
Estive nesta quinta-feira no CT do Palmeiras, acompanhando o time justamente após a derrota no clássico para o Corinthians. E as minhas impressões foram as melhores possíveis.
No campo, havia um treino coletivo entre alguns jogadores do sub-20 contra quem não atuou a maior parte do clássico. Nesta atividade, vi uma entrega absurda; desde os meninos que querem se profissionalizar até os mais experientes do elenco palmeirense. Vi um Edu Dracena treinando com uma intensidade tremenda. Um Róger Guedes endiabrado e um Alecsandro se movimentando como se o treino valesse 3 pontos. Tudo monitorado por câmeras, drones e GPSs para a parte física. É a análise de desempenho trabalhando também no treino.
E a entrevista coletiva foi justamente de Fernando Prass. Que cabeça! Que jogador esclarecido, acima da média. Sem falsa demagogia, chamou a responsabilidade e disse que as críticas devem sim acontecer. Em nenhum momento, Prass fugiu da pressão e diz até gostar dela. Para ele, a pressão e as críticas são boas para dar um chacoalhão no grupo.
O torcedor do Verdão pode estar desconfiado. Ressabiado principalmente com o técnico Eduardo Baptista. Mas, por tudo que vi hoje, passando pela dedicação a um simples treino, a seriedade de toda a comissão técnica que cobrava incessantemente os jogadores e passando pela mentalidade de uma das lideranças positivas do grupo, falo sem medo de errar que o clube está no caminho certo. Restam alguns ajustas, que com certeza serão feitos. E se a pressão não for burra, desmedida e auto-sabotadora, Eduardo Baptista tem tudo para fazer um grande trabalho na Sociedade Esportiva Palmeiras.
