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Amor

Amor é um sentimento indescritível! Quem poderá explicar a amplitude, ou, qualificar o caráter do amor de Deus, ou de uma verdadeira mãe? Nem mesmo, entendemos nosso sentimento pela pessoa a quem amamos; sabemos que somos atraídos, desejamos estar próximos, queremos o bem-estar da amada, e contribuímos para tanto, mas como dimensionar, qualificar essa apreciação e valorização? O certo é que o ser humano foi criado por Deus, à sua semelhança, com a capacidade de amá-Lo, bem como ao próximo, e aos seres viventes.

O amor é um sentimento maravilhoso, ninguém ama sem, primeiramente, beneficiar a si mesmo. É tema recorrente entre os poetas, teólogos, filósofos, literatas, para descrever sua apreciação sentimental para com Deus, ao seu semelhante ou pela natureza.

Os filósofos procuram explicar o amor, sua origem, processamento e efeitos, nos seres humanos e nos animais.
Sócrates disse que o amor era alcançado pelo desenvolvimento da sabedoria, do conhecimento, da beleza, e da prática das virtudes.

Para Platão, o homem obtém o amor no mundo das ideias e o degenera durante sua transição para este mundo de trevas, sentimento esse, que o assemelha à divindade e une-o a ela.

Para o filósofo francês Voltaire, o amor é um presente da natureza que pode ser embelezado pela imaginação.
Para Spinoza o amor está atrelado à alegria do outro, mesmo que a ele não esteja unido.
Virgínia Potter Held, filósofa americana (1929 – 2023) disse que a prática do amor envolve valores e padrões morais, empatia, respeito, vulnerabilidade e honestidade. (ver Blog do Stoodi, 10/5/21)

Carlos Drummond de Andrade, no seu poema sobre o amor “As sem-razões do amor” disse: “Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Para ele o amor não exige troca, não carece de motivos, nem é resultado de favores da pessoa amada, ou em reciprocidade de afeto, nem é recompensa alguma; ama porque ama e ponto final.

A Filosofia, a Psicologia e a Teologia Bíblica dizem haver amor numa relação de amizade entre pessoas. A Bíblia cita o caso entre Davi e Jônatas, mostrando que se uniram, amaram-se de coração, pura amizade, (1 Samuel 18:1) e Jônatas protegeu a Davi da sanha mortal de seu Pai, Saul. (1 Samuel 19:1-11)

Todas as ciências, acima citadas, também concordam que há muita diferença entre amor e paixão.

Dizem os psicólogos: Paixão é diferente do amor, pois é momentânea e limitada, enquanto o amor é um sentimento a longo prazo. A paixão pode transformar-se em amor ou simplesmente desvanecer. A duração da paixão varia conforme a característica e a dinâmica do relacionamento, mas estudos indicam que pode durar poucas semanas, meses ou entre um e dois anos.”

A Escritura Sagrada descreve, em quase toda ela, o amor, sobre o divino para com suas criaturas, ou outros tipos. Paulo escreveu, na sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 13, sobre a importância e qualificação do amor:
“Se eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como metal que soa… ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios das ciências, tivesse toda a fé… distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres e entregasse o meu corpo para ser queimado (como mártir) e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”. (versos 1-3) Paulo coloca o amor a Deus e ao próximo como de mais valia do que o altruísmo e outras práticas religiosas e empáticas.

Continuando, os versos 4-8: ”O amor é paciente, (a paixão exaspera); é benigno, (a paixão, poucas vezes é); não inveja, (paixão é oposta, e escravizadora), não se vangloria, não se ensoberbece (paixão é soberba, e se engrandece para subjugar), não é inconveniente, busca o interesse da amada, (paixão busca os seus próprios interesses), não se irrita (a paixão se irrita quando não é satisfeita), não suspeita mal (a paixão é ardentemente ciumenta e suspeita de tudo e de todos), amor não se alegra com a injustiça (a paixão não se importa com ela).

O amor sofre, crê, espera, suporta tudo pelo amor à pessoa amada. O amor nunca falha” (a paixão sempre falha)
Agora que você, leitor, conhece as características do (a) apaixonado (a), fuja dele (a).

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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