22/12/2017
Ainda, Capivari III
ARTIGO
Observação sobre as fontes utilizadas
A localização das famílias capivarianas nos arquivos de chegada de imigrantes e nos registros civis da Itália é uma tarefa que se assemelha, muitas vezes, a um quebra-cabeça: somente depois de descobrir, pelos registros do cemitério de Capivari, que Giacomo e José Armelin eram filhos do casal João e Maria Luísa é que foi possível associar a essa família o grupo de imigrantes que chega à hospedaria do Brás chefiado por um Giovanni Annellin, que trazia consigo dois filhos com tais nomes.
Da mesma forma, é preciso saber, por registros capivarianos, que Santo Bachiega era filho de Luís e Ângela, e que sua irmã Doralice era nascida na província de Rovigo, para conseguir descobrir, nos registros de convocação militar daquela província italiana, e Sante Bacchiega era nascido na comuna de San Bellino, em 1887, e que o sobrenome de sua mãe era Franzoso. Mais ainda, confirmar, a partir do conjunto de prenomes da família, que a história desse ramo no Brasil, se inicia com o desembarque em Santos, de um grupo chefiado por Luigi Bracebrega – e que, para fazer essa associação é necessário ter ciência de que ao transpor as informações transcritas dos velhos livros manuscritos, da Hospedaria para o banco de dados digital, houve, muitas vezes sérios erros na transcrição.
Assim, embora os exemplos acima deixem claro que a tarefa de identificação dos dados de origem e da chegada só pode ser levada a cabo de forma interativa, vamos tentar descrever de maneira sequencial as principais fontes que apoiaram a realização desta pesquisa. Uma identificação mais precisa de tais fontes é apresentada posteriormente, nas referências bibliográficas.
Sobrenomes italianos
Existe uma página na internet denominada Cognomi Italiani que dá uma ideia da distribuição geográfica dos sobrenomes na península italiana. Por meio dela pode-se saber, por exemplo, que o sobrenome Annicchino somente aparece em sete comunas, concentradas no Sul da Itália, ou que a forma Angelin está restrita a dezesseis comunas no Norte do país – diferentemente da grafia alternativa, Angelini, que tem representantes em mais de mil comunas, disseminadas por todo o território.
É preciso comentar que os dados fornecidos por essa fonte mapeiam a distribuição atual dos sobrenomes, incorporando, portanto, os efeitos da migração interna na Itália ao longo dos anos recentes, o que faz com que alguns sobrenomes, originalmente bastante localizados, passem a aparecer em grandes centros industriais, como Milão e Turim.
Imigrantes vênetos
Um conjunto de informações importantes está disponível na página eletrônica chamada Emigrazione Veneta. Através dela, pode-se ter acesso, a partir de um sobrenome, a uma série de nomes de origem vênetas que teriam migrado para o Brasil. A página tem objetivos comerciais e não disponibiliza gratuitamente todo o seu conteúdo, também não esclarece as fontes primárias usadas na construção do banco de dados, mas de maneira geral, constatou-se que suas informações apresentam razoável confiabilidade e servem como ponto de partida para pesquisas em outras fontes. Em vista da forte presença de famílias de origem vêneta em Capivari, a Emigrazione Vêneta foi muito útil e os dados dela obtidos são referenciados como EV. (Segue)
Cidadania
Mesmo reconhecendo não ser simpática a nossa constante advertência às pessoas que, teimosamente demonstrando falta de bom senso e ausência de conhecimento do significado da palavra cidadania, prosseguem desperdiçando o precioso líquido chamado água, lavando calçadas e asfalto, mesmo em dias de chuva… Quando o bendito líquido começar a faltar (o que não está muito longe), será tarde demais para se arrepender.
Assistimos na TV uma cena comovente de crianças que pediram à Papai Noel como presente de Natal, que não faltasse água… Magnífico exemplo a ser seguido por certas cabeças ocas, que não pensam no seu futuro e no dos seus semelhantes.
É isso.