Opinião

A verdade bíblica e as ciências 2

09/07/2015

A verdade bíblica e as ciências 2

Artigo | Por Leondenis Vendramim
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Por volta de 1840, qualquer pessoa alfabetizada conseguia o diploma de médico fazendo um curso de especialização de 6 meses. Lembramos que Tiradentes era dentista prático, e até bem pouco tempo (1969) havia dentistas práticos sem estudos específicos. A falta de higiene nos gabinetes de médicos e dentistas era de causar náuseas. Em plena segunda metade do século 19, homens e mulheres defecavam em urinóis e os excrementos eram jogados pelas janelas dos sobrados, não respeitando os transeuntes. Meninos e adultos urinavam e defecavam nas ruas; os porcos faziam a limpeza. Os dejetos noturnos acumulados em barris eram jogados pelos negros nas praias e às vezes nas praças mais distantes (leiam “Sobrados e Mucambos”, “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freyre e “Do Imaginário à Santa Inquisição” de Leondenis Vendramim). Era normal a frequência de ratos, baratas e insetos peçonhentos partilhando essa sujidade. O desconhecimento de uma alimentação sadia, o consumo de alimentos deteriorados, a falta de água encanada, aliados ao clima tropical faziam proliferar as doenças entéricas, notadamente as diarreias, como a disenteria com surtos frequentes causando desidratações infantis, sífilis, tuberculose pulmonar, verminoses em geral, doenças parasitárias da pele, o beribéri, o cólera, a malária, a varíola, o tracoma, as doenças reumáticas, as viroses e as respiratórias em geral, a poliomielite (paralisia infantil).  Criam que as mulas sem cabeça, caiporas, assombrações e outras múltiplas formas de “representação terrena do demônio” contaminavam o sangue das gentes. As enfermidades eram tratadas como desequilíbrio de humores corporais e do “sangue ruim”. A cura da maioria das enfermidades era pela sangria (tiravam até 1 litro de sangue) para purificar o doente. Os padres jesuítas aplicavam sanguessugas ou lancetavam o doente para depurar o sangue dos males físicos e espirituais. Predominavam o benzimento, os quebrantos, aspersões de galhos de arruda, amuletos, unguentos e rituais supersticiosos.

Os médicos administravam poderosas doses de mercúrio e estricnina que causavam violentos vômitos, diarreia e febre. Criam que tais eram os sintomas de melhora. Atualmente, não precisa ser médico, todos sabemos, que essas drogas são poderosos venenos. Os hospitais, criados para atender aos pobres, na metade do século 19, eram anti-higiênicos, era o último recurso que um doente procurava, e a estada nos hospitais era o tempo de angústia à espera, quase certa, do óbito.
As cirurgias eram feitas sem anestesia, e quase sempre, o paciente morria. Imaginar a pessoa ser cortada, ou ter os ossos serrados, às vezes sob o efeito da ingestão de vinagre, pinga ou uísque.

Em 1900, Oswaldo Cruz (1872-1917) enfrentou a revolta do povo porque instituiu, no governo de Rodrigues Alves, a vacinação obrigatória, a desratização, a higienização das casas, o combate aos mosquitos. Foi terrível a guerra da ignorância contra esse grande médico brasileiro – ele morreu antes dos 45 anos de idade.

Com estudos mais avançados, novas descobertas e com a moderna tecnologia (microscópios, radiologia, computador, internet, laser, etc.) e com a ajuda da engenharia genética, a medicina teve uma evolução inimaginável nos últimos 50 anos, e contínua evoluindo. Ninguém gostaria de viver naqueles idos anos, quando a medicina era tão rudimentar, médicos e instrumentos cirúrgicos sem higiene.

A medicina, como todas as ciências, muda de acordo com o avanço dos estudos, mas o Senhor Deus conhece o futuro, sabe todas as coisas. Por meio de Moisés, 3400 anos antes de Oswaldo Cruz, Deus orientou aos israelitas, a manterem o seu arraial limpo, a enterrar seus excrementos (Dt 23:12-13), a ter higiene pessoal (Gn 35:2; Ex 29:4-5…); a manterem-se distantes dos mortos e de doentes contagiosos (Lv 11, 13) a comer alimentos saudáveis (Lv 11); a fazer circuncisão (fimose) para higiene; e muitas outras instruções para preservação da saúde? A ciência médica confirma os ensinos bíblicos milenares sobre a saúde. Como Deus é maravilhoso!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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