07/07/2015
A verdade bíblica e as ciências
Artigo | Por Leondenis Vendramim
Há muitas declarações filosóficas que encontram guarida na Bíblia, e isto acontece também com todas as demais ciências. Entretanto há muitas outras, na Filosofia bem como em todas as ciências, ditas como verdades, que são conflitantes e às vezes, totalmente divergentes. Vimos no artigo último, que verdade é sempre verdade. Ela não é mutável, não é consuetudinária (termo que indica que muda conforme o costume). Verdade é sempre verdade em todos os países do Mundo e em todos os tempos. Vimos também que o conhecimento da verdade é parcial e progressivo, e esta cognição pode ser equivocada. Portanto o conhecimento a respeito das ciências muda, mas a verdade é irretocável.
Por ser interessante e muito curioso, vamos exemplificar com o conhecimento a respeito da saúde e da medicina. É fato que existem enfermidades e que são empregados remédios, fórmulas, e outras terapias para debelá-las, se é que ainda há possibilidade de restauração. Vivemos num tempo em que o conhecimento sobre a genética, medicina, farmacologia, higiene, saneamento e biologia está bem avançado e auxiliado pela tecnologia computadorizada e da óptica, é capaz de minorar os sofrimentos humanos quando enfrentam as enfermidades e traumatismos. Contudo o passado foi de ignorância e parcos conhecimentos, o que custou muitas mortes precoces. Escreveu o Dr. C. P. Snow “Ninguém, em sã consciência, escolheria nascer em uma época passada, a menos que tivesse a certeza de que pertenceria a uma família próspera, desfrutaria ótima saúde e conseguiria aceitar estoicamente a morte da maioria de seus filhos”.
“… os bons e velhos tempos não eram, nem de perto, tão maravilhosos quanto a nostalgia faz parecer. A expectativa de vida (nos EUA) era de 32 anos em 1800, 41 em 1850, 50 em 1900 e 67 em 1950. A expectativa de vida atual das mulheres… é de cerca de 80 anos e a dos homens, um pouco inferior”. Diz George R. Knight.
Os ricos comiam muito mais do que necessitavam, e com rapidez, e pior, nem sempre os alimentos eram saudáveis – tornavam-se obesos doentes. A superstição de que os males, como a cólera de 1832 e o retardo de crianças, vinham do consumo de frutas, verduras e legumes, faziam-nos, evitar tais alimentos, que hoje, se sabe serem os melhores. É conhecido de todos que os alimentos eram manipulados com pouca higiene, e muitos dos alimentos eram consumidos quase putrefatos, pois não havia refrigeração para conservá-los.
Entre os norte-americanos e euroasiáticos não havia o costume de tomar banho; a maioria se banhava raramente e os de classe média, nos anos de 1830 nunca havia tomado banho na vida toda. A estatística mostra que em 1855 havia em Nova York apenas 1361 banheiras para 630.000 habitantes, e, em 1882 somente 2% das casas tinham água encanada. O saneamento básico era grave problema nos EUA, em pleno século 19. Até mesmo lares da alta classe tinham banheiros externos; sua capital tinha 10.388 latrinas internas. Não havia recolhimento de lixo. As fezes dos porcos, dos cavalos, de outros animais, e também dos humanos, mais os 16.000 litros diários de urina, dos equinos, misturavam-se às lamas das ruas sem pavimentação e faziam proliferar as bactérias e vermes nos lençóis freáticos. A epidemia da febre amarela, em 1878, em Tennessee matou 5150 pessoas, de uma população de 38.500. Além de tudo, dormiam em quartos mal ventilados por crerem que as epidemias atuavam por meio de miasmas.
Houvesse o povo atendido às orientações de Deus, muitas vidas não seriam ceifadas prematuramente. Em Deut. 23:12-13 foi ensinado aos israelitas: “Também haverá um lugar fora do acampamento para as suas necessidades. Entre as tuas armas terás alguma coisa com que cavar, e quando defecares, cavarás e cobrirás os teus excrementos. Deus também ensinou seu povo a ter higiene pessoal (Ex. 29:4-7; Is. 1: 16; 4:4…). A Bíblia nos ensina preservar a saúde. Leiam a Palavra de Deus!
