Só recordando, filosofia significa amigo da sabedoria, não dono da sabedoria, o filósofo busca a sabedoria porque não a possui. Se buscares sabedoria serás filósofo.
Partindo deste conhecimento, o filósofo não pode ser colocado no altar de quem tudo sabe. Isaac Newton disse: “O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano.” O filósofo Albert Camus: “O homem só conhece frações aqui e acolá; de nada servirão as teorias científicas, que imaginam tudo saber, quando não tem certeza alguma nem de si mesmo”. Ensinou Sócrates: “Uma coisa sei, é que nada sei”.
Outra questão a lembrar: inteligência é a capacidade que Deus nos dá para aprender; conhecimento é tomar ciência de fatos; sabedoria é a aplicação de ambos para praticar o bem, o útil e bom para si, e para a sociedade.
A Filosofia tem muita utilidade por ser uma reflexão sobre temas que instigam a mente a desenvolver a agudeza de espírito, profundidade na busca dos saberes sobre a natureza, sobre os fenômenos. Ela aumenta o espírito crítico, proporciona o espírito de análise das definições científicas e filosóficas propostas.
Os filósofos são humanos, sujeitos a erros e contradizem, uns aos outros. Os filósofos sofistas (séc. 5 e 4 a.C.) foram contraditados por Sócrates e Platão. S. Paulo disse dos bereanos: (eles são mais nobres porque ouviram com interesse e examinavam por si mesmos para saber se o que Paulo falava era assim mesmo. (Atos 17:11) A palavra sofista significa aquele que é sábio.
Os principais sofistas na Grécia antiga foram Protágoras de Abdera (490- 421), o primeiro sofista, cria que o homem é o centro de tudo, a medida de todas as coisas, não se baseava na existência de deuses, era relativista. Górgia de Leontinos (487-380). Ensinou que a alma humana podia ser moldada por bons argumentos persuasivos; Hípias de Élis (460-400 a.C.) e outros.
Os sofistas tinham escola itinerante e cobravam dos alunos. Considerados mestres em oratória, retórica e persuasão. Eles educavam e preparavam seus discípulos para a política. (Será que desde aquele tempo engordavam com o tesouro dos impostos?) Hípias enriqueceu com seus ensinamentos.
Ensinavam que o conhecimento era construído pelas pessoas por meio da oratória, argumentos e discussões. Ensinavam relativismo.
A verdade, para os sofistas, sofria mudanças, pois, as opiniões e crenças se transformam conforme influências recebidas da sociedade.
A verdade, então, é relativa, mutável e múltipla, não pétrea, e única.
Sócrates e Platão procuravam a verdade absoluta, imutável e universal, os homens podiam mudar de opinião, porém a verdade é inabalável, não importa o tempo, o espaço ou a cultura, a verdade é única agora, no futuro, aqui ou no Japão.
Os sofistas, com destaque a Górgia de Leontinos, acreditavam na força da retórica, da oratória e dos bons argumentos para que seus alunos encontrassem a verdade e elevassem a moral e a justiça.
Sócrates, por outra via, acreditava, encontrar a verdade através do conhecimento do status do seu ego. Ele andava com seus alunos pelas praças e ao ser questionado, respondia com uma pergunta e acrescentava “conhece-te a ti mesmo.” Essa frase foi exposta no templo do oráculo de Delfos, (principal templo grego, dedicado a Gaia e posteriormente a Apolo; no seu subterrâneo havia o oráculo. (lugar onde se consultava ao deus Apolo) Para o filósofo não há como obter novos saberes sem o conhecimento de si próprio.
Enquanto Sócrates estava na busca eterna pelo saber, os sofistas criam ser os sábios, que tudo conheciam. Sócrates dizia: “Uma coisa sei, é que eu nada sei.” O objetivo dele era a verdade, conhecer o “bem” a fim de praticá-lo e obedecer à lei do Estado.
Criticando os sofistas, disse: filósofo não é aquele que sabe, mas aquele que busca e pratica o bem. Para ele, justiça era guardar as leis do Estado e as morais, de Deus, só é justo aquilo que é legal, e isto é justiça.
Segundo O Mito das Cavernas, Platão ensinava que a verdade eram as ideias abstratas e eternas do mundo das Ideias. Podemos encontrá-las pelos sentidos, pois o que vemos aqui são sombras daquela realidade.
Os filósofos são inconcordáveis. Como acreditar em suas proposições? Eles não podem servir de padrões para aferir as afirmações divinas imutáveis. Jesus diz: “Eu sou a verdade” (João 14:6).
A Bíblia foi escrita desde 1500 a.C. até o ano 100 d.C. por diversos escritores, sem incoerência, pois, eram homens santos, inspirados por Deus (2 Pedro 1:20-21), ela é a verdade eterna Salmo 119:89, 1 Pedro 1:23-25). Ela é tua vida, creia.