Tércia não foi minha professora por questões óbvias – a pequena diferença de idade entre nós – mas gostaria de ter sido seu aluno pelo que a conheci e por tudo que ouvi seus alunos relatarem dela como educadora.
Infelizmente a nossa querida Tércia, partiu deste mundo e deixou nossos corações feridos pela dor da saudade.
Seu legado para sempre será recordado, e sua memória viverá eternamente nos corações de todos aqueles que foram tocados pela sua sabedoria e paciência.
Disse um seu aluno, que “como professora e pessoa, ela foi a melhor, e hoje o mundo é um lugar mais pobre porque ela não está mais entre nós…”
Para homenagear a querida Tércia, o Grupo “Do Fundo Do Baú Raffard”, dedica a ela as palavras abaixo, escritas por Bárbara Lopes, que traduz exatamente como ela era como profissional na arte de educar:
Ser professor é ter a juventude sempre em mãos
Não para moldá-los ou fazê-los sua semelhança
Mas para preenchê-los em curiosidades
Atormentá-los com novos dizeres, pensares e possíveis verdades
Ser professor é preencher lacunas
Experimentar a racionalização de uma emoção
Enquanto passionalmente enlouquece a lógica
Se reformar, enquanto forma o cidadão
Ser professor é troca de informações
Obsessão pelo porquê? O seu e o deles
Se desfazer de certezas enquanto responde a interrogações
É estar pronto quando ainda constrói
Ser professor é emprestar conhecimento até para quem diz não querer
É compreender a beleza do desleixo e do desprazer
A tristeza do tentar e mesmo assim tentar novamente
Ser professor é a angústia do querer
Do fazer e refazer sem nunca saber se findou
Ser professor é esperar e talvez ver para crer
Mas ser professor é antes de tudo viver na vida de um outro ser
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
Envie sua colaboração para o colunista: [email protected]