Páscoa era uma festa determinada por Deus em comemoração à libertação dos israelitas, depois de 400 anos de escravidão no Egito. (Ex. 12:24-25) Era uma lei, os israelitas deviam comemorar todos os dias 14 de nisan que se tornou o primeiro mês do ano judaico. (Êx. 12:2)
A décima praga vinda ao Egito seria a morte de todos os primogênitos egípcios, desde os animais até o filho de Faraó. (Ex. 11:5) Essas pragas foram necessárias para que Faraó permitisse a libertação dos judeus.
Os israelitas deveriam imolar um cordeiro ou cabrito de um ano, branco, sem manchas, nem defeitos no dia 14 e com um molho de hissopo (herbácea aromática e medicinal) marcar com o sangue os batentes e portas.
O cordeiro era assado e deviam comê-lo com ervas amargas e pão sem fermento. Deviam comer com pressa, calçados aos pés, cajado pronto, vestidos e preparados para a peregrinação.
(Ex. 12:5-11) O termo Páscoa é de origem hebraica “pesach” e quer dizer passar por cima. Em inglês, de onde recebemos, é “pass over” passar por cima. Isto porque o anjo, destruidor dos primogênitos, passaria por cima das casas assinaladas pelo sangue sem matar os primogênitos.
(Ex. 12:12-13) O sangue era simbolismo tanto do verdadeiro Cordeiro que viria para ser sacrificado quanto da crença dos ali residentes.
O cordeiro morto, sem manchas, nem defeitos, representava Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus, sem pecado e sem defeito (João 1:29, 36).
Deviam comer a carne sem quebrar osso algum, uma profecia cumprida em Jesus. Na cruz quebraram as pernas dos assaltantes, mas não as de Cristo, pois Ele já havia morrido.
(João 19:31-33 e 36) As ervas amargas eram um lembrete da amargura durante a escravatura passada. O pão isento de fermento, indicação do pecado, era uma analogia de Jesus – O Mestre não conheceu pecado, mas fez-Se pecado para salvar os pecadores. (2 Cor. 5:21) Jesus disse: “Eu sou o Pão da vida.”
(João 6:35) Todos os itens que envolviam a páscoa dos retirantes do Egito representavam Jesus Cristo, Ele é a nossa Páscoa.
Celebravam-na sem fermento, i.é., sem pecado, (1 Cor. 5:7-8) havia necessidade de confessá-los e abandoná-los.
Não deveria sequer haver fermento nas casas dos judeus, desde o dia 14 até o dia 21 do mês de Nisan, considerados como sábados, embora fossem dias fixos anuais. (Ex. 12:15 e 18-20)
Os judeus, bem como os católicos, observam a páscoa anualmente. No dia 14 do primeiro mês, os israelitas comem asa de frango assada, em vez do cordeiro, nem é inteiro, tem de separar os ossos.
Comem três pães levedados: um pelos sacerdotes, um pelos levitas e o terceiro pelo povo em geral.
Comem com ervas amargas, para lembrar o tempo no Egito; bebem quatro copos de vinho fermentado, ou seja, alcoolizado.
A Escritura nada diz a respeito de vinho ou de suco de uva na festa da páscoa. É importante lembrar que os judeus não crêem que Jesus é o Deus que morreu como cordeiro pascal.
A Igreja católica comemora a páscoa em memória da ressurreição de Cristo como vitória sobre a morte, não como lembrança da escravidão.
Decidido pelo concílio de Nicéia, em 325, a festa se dá sempre no primeiro domingo após o equinócio da primavera (no hemisfério norte) e do outono no (hemisfério sul).
Assim não o fazem no dia fixo, 14 do primeiro mês. O padre usa a cor branca (renascimento – alegria) na batina, diferindo da roxa (penitência) durante a quaresma e vermelha (martírio) até o domingo de ramos. (Os ovos de chocolate são baseados nas festividades milenares em que pintam ovos de galinha vazios como símbolo da nova vida).
Devido aos costumes culturais, o rito da Páscoa, estabelecido por Jeová difere muito dos atuais, israelita e católico.
No primeiro caso, os judeus celebram com frango, quebram os ossos e bebem vinho com fermento.
Esta atitude seria execrável e motivaria a morte do participante. No segundo caso, além da data, o simbolismo e os elementos constituintes da cerimônia não são bíblicos. 50
Essas festas dos pães asmos, da páscoa e outras, com seus sábados, que apontavam para a morte do verdadeiro Cordeiro Pascal, o Cristo, foram abolidas. (Col. 2:16-17)
O ensino de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Pois a minha carne é a verdadeira comida e o meu sangue é a verdadeira bebida.” (João 6:54-55) É uma linguagem simbólica, não há incentivo ao antropofagismo. Comer sua carne é absorver seus ensinos e virtudes e praticá-los.