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A máquina do tempo!

Foto: Reprodução internet

Viajando pelo mundo da imaginação, quem nunca teve vontade de ter uma máquina do tempo? Eu sou um desses que gostaria de poder viver em épocas que não vivi, mas no fundo da alma, sinto saudades.

Acho que instintivamente tento fazer essa viagem com itens de coleção, nossos “filhos de lata”, que são nossos carros antigos, as músicas que ouvimos, sentimos saudades de algo que aconteceu mesmo antes de nosso nascimento.

Adoro as pessoas que tem o estilo Rockabilly e o levam ao seu dia a dia, como uma forma de ser, vencem essa barreira do tempo. Meu sonho é conhecer a São Paulo dos anos 50 e 60, ver os carrões importados desfilando pelas suas ruas, conhecer os points onde os jovens se encontravam, ouvir os sucessos no jukebox, ver os brotos dançando, sentir o cheio do óleo dois tempos das lambretas, tomar um milk-shake com hambúrguer.

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Tudo isso se passou em minha mente quando eu vi uma postagem de um amigo músico, e percebi que ele descobriu essa máquina! Ao assistir o vídeo que ele postou, não o vi aqui e agora, mas sim como um personagem de filme antigo, daqueles que a gente olha e não sabe de qual seriado vespertino dos anos 50 o viu.

Ele conseguiu fazer essa mágica, rompeu as barreiras do tempo e espaço, e junto com ele fui passear pelas ruas de uma época, que as pessoas sempre bem vestidas, desfilavam em seus carrões, me senti naquela época.

É a arte nos transportando através do tempo e espaço. Mas durante essa viagem, por tempos que não vivi, fui atraído para um tempo que vivi! Como é maravilhoso descobrir que temos lembranças e podemos sentir saudades de coisas que vivemos!

Fui transportado para a escola da fazenda Itapeva, onde eu fazia parte do jogral em homenagem ao dia do soldado, e com orgulho representava um soldado do exército com meu capacete e metralhadora de brinquedo. Era um orgulho fazer parte dessas comemorações cívicas, e como sempre fui cara de pau, não perdia uma, e como mágica, a máquina me leva para o jardim da nona Nega para ver o desfile de sete de setembro, meu sangue fervia ao ver os alunos marchando ao som da fanfarra, que inveja deles desfilando!

Outro pulo, e lá estava eu na festa da padroeira criando poemas para os amigos mandarem para as paqueras no correinho elegante. Sinto o cheiro do algodão doce do carrinho do Cardoso, do churrasco, a chegada do trenzinho aonde a turma da frente e a de trás iam se provocando. São coisas que nos marcaram tanto, e a magia da máquina do tempo às vezes nos leva para rever!

Obrigado Rafael Marçola Portasio pela carona que você me deu em sua máquina do tempo!

Jr. Quibao, Rafard/SP, 17/04/2020 13:32

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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