Muitas vezes, de onde menos se espera recebemos uma lição de vida.
Estava sentado no banco que tenho para descanso no quintal de minha casa, quando vi uma formiguinha carregando uma folha que deveria ter no mínimo 20 vezes o seu tamanho e peso. Um ser tão pequenino que fazia aquela tarefa com muita dificuldade, empurrando ou carregando sobre a cabeça. Por vezes, um vento por fraco que fosse – mas para ela era forte – derrubava a folha e a formiga juntas.
Fiquei observando, quantos foram os tropeços e recomeços, que cheguei a pensar em interferir ajudando-a de algum modo. Mas como poderia, o que talvez, se agisse, poderia até mesmo atrapalhar, dificultando ainda mais o seu trabalho. Resolvi que não deveria interferir e continuei a observar.
Todos os obstáculos que ela encontrou, não foram suficientes para lhe provocar desânimo, até que finalmente, ela alcançou um pequeno buraco que imaginei ser sua casa, pois ela largou a folhinha que com tanto sacrifício havia carregado e entrou. Surpreendentemente, um batalhão de formigas saiu daquela toca e todas juntas, começaram a desmembrar a folha em pequenos pedaços e transportá-los para o seu interior. Pareciam estar alegres e em pouco tempo todos os pedaços da folha e as formigas desapareceram…
Que ser formidável, pensei. Quanta obstinação. Na verdade, ela apenas tinha acabado uma etapa do seu trabalho. A folha era muito maior do que a entrada do formigueiro e ela precisava colocá-la para dentro. Então, ela largou a carga ali fora e entrou e me ensinou o sentido da cooperação.
Continuei sentado ali no meu banco insignificante, a refletir sobre aquele ensinamento da mãe natureza.
Quantas vezes desanimamos diante do tamanho da tarefa ou dificuldade, por falta de persistência, força e determinação.
É muito comum acharmos que recebemos um fardo maior do que podemos suportar. Agradeci a Deus por ter colocado essa formiguinha na minha frente e mostrar que sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente aguardando para ser realizado.