A primeira lei de proteção à liberdade de imprensa foi assinada na Suécia em 1766, já vai tempo. Em 1808 D. João VI liberou a imprensa no Brasil, no mesmo ano (10/9/1808) foi publicado “A Gazeta”, primeiro jornal brasileiro no Rio de Janeiro, trazendo notícias europeias (as notícias vinham de navio, 3 meses de atraso).
O jornalismo começou no Brasil somente no séc. 19, devido à maléfica e ante cultural inquisição. Creio ser de bom alvitre distinguir o jornal impresso no papel ou em outro material, do jornal radiodifundido e o televisivo, mas todos são veículos de comunicação.
Com a guerra da Secessão nos Estados Unidos (1861) repórteres e fotógrafos receberam credenciais para cobrir a guerra, logo surgiu na Alemanha a primeira revista ilustrada (1880). O telégrafo começou a enviar os despachos de agências internacionais em 1874 e em 1877 chegou ao Brasil o telefone e alavancaram os noticiários. A primeira transmissão de rádio transatlântica foi feita por Guglielmo Marconi em 1903.
O radiojornal deu maior celeridade aos jornais noticiosos por meio das estações de rádio em 1920. Surgiram os cinejornais com som em 1927. Em 23 de setembro de 1923, em comemoração ao centenário da independência e também do nascimento de Edgard Roquette Pinto (25/9/1884 – 18/10/1954) ocorreu a primeira transmissão da estação de rádio instalada por norte americanos, no Corcovado, Rio de Janeiro.
E. Roquette Pinto era médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo e ensaísta, membro da Academia Brasileira de Letras e é considerado o Pai da radiodifusão brasileira. Danton Pinheiro Jobim (1906-1978), nascido em Avaré S.P., jornalista, professor, escritor, advogado, senador, presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), hoje presidida pelo jornalista Paulo Jerônimo, fundou a primeira faculdade de jornalismo brasileira no Rio de Janeiro, elaborou o manual de redação, lançou a Pirâmide Invertida (publicação de notícias em ordem decrescente em importância), mudando e modernizando mais uma vez o jornalismo.
Mas as dificuldades continuaram. Em alguns países os meios de comunicação são controlados pelo governo, outros são motivados pelo lucro, e ou, pelos interesses políticos.
Os EUA lançaram a TV em 1930 passando a competir com os demais meios de comunicação trazendo o temor de extinção aos radialistas, uma vez que a TV pode transmitir a notícia com imagem dos fatos aos telespectadores quase no momento do ocorrido.
A TV chegou em 1940 ao Brasil e dez anos depois com a popularização dos aparelhos e com a produção de videotapes (1951), o jornal televisivo tomou grande impulso em 1970 e acirrou ainda mais a concorrência com o impresso. Muitos criam que o jornal impresso desapareceria. Enquanto isto, em Astorga, PR, (1950) queimaram livros e Bíblias.
Em 1962 o Telstar 1, primeiro satélite para os meios de comunicação, lançado no espaço, possibilitou a transmissão da chegada da Apolo 11 com os americanos à lua em 1969.
Com o advento da World Wide Web (Grande Rede Mundial), projeto iniciado em 1980 pelo inglês Tim Berners-Lee funcionário da CERN-Organitation, incentivado por Mike Sendall e por Robert Cailliau. Cailliau redigiu o projeto com o nome de World Wide Web e o apresentaram em 1990.
Com a w. w. w., em 1991, surgiram os ciberjornais ou jornais online, também conhecido como webjornais. Essa rede e a internet trouxeram uma “enxurrada” de informações atualizadas, quase instantaneamente. John Von Neumann (1903-1957), húngaro, descendente de judeu, baseado em várias ideias, inventou o computador (já havia um protótipo de 120m³ do exército americano) e em 1973 os jornais começaram a utilizar os terminais substituindo a linotipia pela fotocomposição, e os EUA começaram usar um sistema para a diagramação eletrônica de páginas já prontas para a impressão, encurtando o tempo para o produto final.
A CNN tornou-se referência jornalística em pouco mais de 11 anos ao cobrir a guerra do Golfo em 1991. A internet e a TV a cabo possibilitou a transmissão ao vivo do ato terrorista de 11 de setembro de 2001.
Essa tecnologia propicia uma divulgação mais rápida do amor de Cristo que morreu para salvar a humanidade a “toda nação, tribo, língua e povo” “então virá o fim” (Ap. 14:6; Mt. 14:24).
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.