ColunistasRubinho de Souza

A felicidade está nas coisas simples


DO FUNDO DO BAÚ RAFFARD

Para muitos vai parecer uma coisa simples demais para ser descrita aqui, mas para quem estiver lendo o que vai escrito aqui, caro leitor, e se esse alguém viveu a época em que à noite, fosse dia de frio, calor ou mesmo chovendo, podia-se entrar pelo portão lateral da Padaria de Dito e Dona Nena, e os padeiros da noite nos atendiam por uma pequena portinhola quem queria comprar um pão quentinho, saído naquela hora, vai entender e gostar muito de ler tudo isso.

Os padeiros, todos “gente boa” tinham o maior prazer em atender a todos que chegavam, muitos que haviam saído do culto na igreja, estudantes que tinham acabado de sair da aula, entre outros que recebendo uma visita inesperada, corriam até lá para garantir um pão quentinho que acompanharia o café ou chá, que incrementariam uma boa mesa e o bate papo.

O pão saído do forno naquele momento, eram disponibilizados em sacos de papel, e chegava a sair fumaça de dentro, e até queimava as mãos, caso não se tomasse o devido cuidado, tanto que ao passar a manteiga, que nessa época era a famosa Malibu ou margarina Claybon de lata, com o calor derretia e o sabor…bem o sabor não dá para descrever, tão bom que era.

Muitos ao sair de lá, ao sentir aquele cheiro bom de pão quentinho, já iam dando umas beliscadas que muitas das vezes ao chegar em casa, quase tinha devorado tudo… Trabalharam na padaria: Julinho, Zito feio, Chico Pião, Dirceu Bragion, que estão na foto postada aqui, entre outros que não estão na foto, mas que me vem à memória, tais como, Tonico Bragion, Cido Scarso, Ditinho Ré, Carmo, Airton Cordeiro e seu irmão Tatinha. Até as crianças, que acompanhavam os pais que iam lá buscar um pãozinho quentinho à noite, ganhavam dos padeiros uma “massinha” como chamavam uma porção pequena de massa pronta para assar, e saiam de lá felizes e devem ter guardado em suas memórias o que vai aqui escrito.

Acredite o leitor se quiser, mas ao escrever essas poucas linhas, tentando descrever como era bom esse tempo, parece-me estar sentindo o cheiro e sabor dos pães que ia buscar na inesquecível padaria de Ditão Tavares e Dona Nena, que você ao ler, se também viveu essa época, também deve ter em sua memória guardadas essas lembranças, e ao ler teve o mesmo sentimento que todos que relembramos com saudades tudo isso. Pura felicidade!

COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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