15/08/2014
A Ciência: satisfação e preocupação 3
Artigo | Por Leondenis Vendramim
O Iluminismo preconizou, desde o seu dealbar, no findar do século 18, que o homem, com sua capacidade racional e com seu natural evolucionismo, um desenvolvimento intelectual e científico conseguiria cura para todas as moléstias, felicidade perene, paz e eternidade. Entretanto, o mundo se envolveu nas duas guerras (1914 e 1945) e até hoje não cessou o espírito de beligerância nos vários países africanos, entre capitalistas e socialistas, entre os israelenses e árabes, agora na Ucrânia, no Líbano, Israel e Gaza. O iluminismo ousou desafiar a Palavra de Deus:
“Ouvireis falar de guerra e rumores de guerra… levantar-se-ão nação contra nação… falsos profetas, e por se multiplicar a iniquidade o amor… se esfriará… então virá o fim” Mat. 24:6-14. “Sabe, porém isto: nos últimos dias virão tempos difíceis, os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados… caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos… mais amigos dos prazeres que de Deus, tendo forma de piedade, mas negando-lhe o poder… os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Tim 3:1-5 e 13). Formaram muitas alianças com o fito de alcançar a paz. Criaram a ONU e outras agremiações, elaboraram os direitos internacionais e os humanos, no entanto a propalada paz não veio. A cura de muitas enfermidades é um fato, mas epidemias continuam assolando, doenças extintas voltaram para derribar a humanidade. Aí está a ebola, AIDS e muitas outras enfermidades, que o sistema de saúde, ineficiente e caro, não conseguem exterminar. As preocupações com a pobreza é mundial. Milhões morrem anualmente de fome. A FAO e muitas outras organizações mundiais, não conseguem amenizar essa tragédia. Há produção de alimentos para todos os seres humanos, inclusive para acabar com a fome dos irmãos africanos, asiáticos e brasileiros. No entanto, grande parte da produção dos melhores alimentos é destinada para o consumo de animais, e outra, cerca de 25% se perde entre o produtor e a mesa do consumidor. No livro “Raízes da Fome”, Maria Cecília S. Minayo trás um cenário alarmante revelado pela Organização Mundial da Saúde, o número de subnutridos no mundo está aumentando (já ultrapassa 25%- mais de dois milhões), produzindo uma sub-raça de anões. A Folha de S. Paulo publicou, nesta semana, um artigo sobre a concentração de riqueza entre poucos bilionários, que esbanjam em luxos, enquanto os pobres, cada vez mais pobres, muitos vivendo abaixo da miséria.
A violência, antes amainada, está num crescente numérico e de barbárie jamais vista depois da Idade Medieval. A Bíblia mais uma vez está correta: “Haverá homens desmaiando de terror pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo…” (Luc 21:26). Antes, nos grandes centros urbanos, agora fustigam as pequenas cidades. Sequestros e estupros, até de crianças o que é de pasmar, na maioria dos casos pelos padrastos, avôs, e pais. Causa asco o ouvir que mães matam seus próprios filhos, filhos matam aos pais, e náusea ao saber de mutilações a sangue frio, esquartejamentos e queima de pessoas vivas por motivos torpes e por roubos. Para festejar aniversários e trotes em calouros embebedam e drogam colegas até à morte. Li uma reportagem que grupos de jovens finlandeses, cultos e evoluídos, fazem matança de golfinhos, às centenas, apenas para mostrar sua virilidade e emancipação.
Nem precisamos nos aprofundar muito para vermos que a ciência alcançou realizações plausíveis e trouxeram muitos benefícios para a humanidade, contudo, na mesma proporção, causaram impactantes e funestas consequências. O Iluminismo trouxe uma grande luz que cegou o mundo hodierno, e assim, não podem enxergar a veracidade dita por Jesus Cristo: “Nesse tempo (do fim), muitos se escandalizarão, trair-se-ão e odiar-se-ão… então virá o fim” (Mat 24:10 e 14).
