Opinião

A Astronomia e a Bíblia – 5

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Leondenis Vendramim

Deveríamos adotar o costume de observar a beleza que a natura nos oferece: sentir a maciez, o perfume das flores, o colorido, o odor ao degustar as frutas, admirar e participar da perfeição, ingenuidade e gostosura ao abraçar as crianças, então agradecer ao Criador. Vale muito a pena estudar e contemplar o fulgor e os desenhos multicoloridos com que Deus fez os céus. As estrelas esbranquiçadas, vermelhas, amarelas, alaranjadas, azuis, emitindo labaredas pelo espaço. As luas resplandecendo a luz dos sóis nas horas noturnas. Asteroides e cometas riscando o manto celestial escuro. O nascer e o por do sol com seus matizes pincelando o céu, bordejando as nuvens e refletindo nos rios e mares, para nos brindar com a felicidade de sabermos que temos um Deus que nos ama. Mesmo quando grossas nuvens escuras envolvem a Terra, podemos admirar esse Deus que é tão poderoso para segurar essa enorme carga d’água lá em cima, derramando em chuveiros para refrescar, regar a terra e mitigar a sede dos animais e dos homens. Logo, então surge o arco íris, obra do Criador, que colore e nos lembra de sua aliança conosco de que não haverá novo dilúvio (Gn.9:11-13).

Deus ama o belo. Pense nas auroras boreal e austral que ocorrem na camada da mesosfera, faixa de 50 a 80 Km de altitude (Galileu Galilei chamou de Aurora Boreal em homenagem à deusa romana Aurora e ao seu filho Bóreas). Ocorrem ao anoitecer no polo Norte (Boreal) e polo Sul (Austral), com mais frequência entre fevereiro e abril, em setembro e outubro e variam nas cores azul, verde, amarela, laranja, vermelha, lilás. O Sol, como as estrelas, tem explosões de labaredas e as tempestades de ventos solares chegam a atingir o campo magnético da Terra, contemplando aos homens com as auroras. Muitos são os que viajam para os polos com a finalidade de se deleitar com essa exibição do Criador, que fixou leis para a natureza produzir tais belezas. São verdadeiros shows de luzes coloridas e brilhantes visíveis a olho nu. Isso acontece em muitos planetas pelo Universo à fora, todo ele é colorido graciosamente. É um espetáculo deslumbrante aos olhos, uma real declaração de que Deus é amor.

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Todo esse colorido é a quantidade de luminosidade produzida pelo total de energia emitida por uma estrela por segundo. Todas as estrelas irradiam luz. As estrelas mais velhas emitem predominantemente raios infravermelhos (cores vermelhas e amareladas e as mais novas lançam raios ultravioletas (cores azuis, lilás, roxas). Todas as estrelas irradiam luz através de um amplo intervalo de frequências no espectro eletromagnético desde a baixa energia gerada das ondas de rádio até as altas energias dos raios gama. Uma estrela que emite predominantemente na região ultravioleta do espectro produz uma quantidade total de magnitude de energia maior que a produzida em uma estrela que emite principalmente no infravermelho. Logo, a luminosidade é uma medida da energia emitida por uma estrela de todos os comprimentos de ondas (ondas são causadas pela vibração de alta ou de baixa frequência (energia das estrelas). A luz é emitida através das ondas. Quando é curta, é de alta frequência e corresponde à alta energia (sinal de que a estrela é nova). Se a onda é longa é de baixa frequência (baixa energia) (sinal de envelhecimento da estrela). A luminosidade é de valor fundamental na Astronomia e Astrofísica. Muito do que aprendemos sobre os objetos celestes vem da análise de sua luz. Isto é porque os processos físicos que ocorrem nas estrelas são gravados e transmitidos pela luz.

Só temos de agradecer e exaltar o nosso Deus por Sua sabedoria, poder e amor por criar os céus e a Terra para o nosso bem estar, e unamo-nos com o Salmista ao dizer:
“Quando olho os céus, obra dos Teus dedos, a Lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que dele Te lembres e o filho do homem para que o visites?” Sl 8:3. “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento, as obras de Tuas mãos. Um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes.” Sl 19:1).

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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