Nosso estudo baseia-se no princípio de que Deus criou o homem e a Sua Palavra expõe como e de que Ele o fez. Ninguém sabe mais e pode dizer, com acerto, como e de que foi feita a casa, do que o construtor. Jeová é quem tem autoridade para esclarecer sobre sua obra.
Gênesis 2:7 diz: “Formou o Senhor o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente”. O texto é muito evidente, o homem não tem alma com capacidade de sobreviver sem o corpo.
Ele não tem alma independente do corpo, o homem é uma alma vivente. A expressão hebraica “nephesh hayyah” é traduzida literalmente como: “alma vivente.” Ao morrer deixa de ser alma viva. “Melhor um cão vivo do que um leão morto.” (Ecl. 9:4) Para ser alma vivente é imprescindível ter corpo e ar; na falta de qualquer desses elementos, o homem vivente deixará de existir, ou na melhor das hipóteses, será alma morta.
A filosofia grega, principalmente Platão, apregoou a imortalidade da alma. Na sua “República” Sócrates pergunta a Glauco: Você ainda não entendeu que nossa alma é imortal e nunca perece? E em “Faedo”, Sócrates argumenta: a alma é imperecível, e se manterá viva no hades.
No seu Mito da Caverna, o filósofo diz que a alma origina-se no céu, onde adquire todos os conhecimentos, e ao migrar para a Terra, bebe a água do esquecimento. Aqui passa a viver numa caverna, onde enxerga apenas a sombra da realidade. Ao morrer a alma volta ao céu para readquirir a verdade. Seus ensinos são conformes à filosofia hindu, na qual seus deuses, como os avatares, morrem e reencarnam, vivem, morrem, reencarnam tantas vezes quantas morrerem. Esse imaginário influenciou a filosofia grega.
Vale lembrar que filósofo não tem a sabedoria, ele é amante dela e a procura. Não se deve confiar em suas definições quando divergem das divinas. “Maldito o homem que confia no homem… cujo coração se aparta do Senhor.” (Jer. 17:5) Deus adverte em Sua Palavra: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens… sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó, nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios.” (Sal. 146:3-4) “… os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, não têm jamais recompensa, a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
O seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram; já não têm parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” “… na sepultura para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Ecl. 9:5-6,10)
O corpo morre, porque as funções do cérebro, a respiração, e todas as outras cessaram, o homem deixou de ser alma vivente. O Salmo 104:29 diz: “… quando (Deus) retira a respiração, morrem e voltam ao pó.” É o que Salomão falou: “e o pó volte à terra, como era, e o espírito (ar) a Deus que o deu.” (Ecl. 12:7) Quando a respiração cessa, o processo da mortalidade inicia, então, a alma vivente (o homem) se decompõe.
Para LeRoy Froom, renomado teólogo, comentarista bíblico e autor de vários livros a ideia de alma imortal, já era defendida pelos hindus, que influenciaram aos gregos, (Spiritualism Today), que por sua vez passaram, durante o período pós apóstólico, para os latinos e deles se abeberar os líderes protestantes. Porém, a Bíblia ainda é a Palavra de Deus, imperecível e imutável, é o guia seguro.
Essa ideia é, ainda, mais antiga. Originou-se no Éden, quando a antiga Serpente afirmou a Eva: “Certamente não morrereis.” (Gên 3:3-4) contrapondo-se a Jeová, que advertira: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerás, pois no dia que dela comeres, certamente morrerás.” Deus não deixou dúvida. O ser humano é uma alma vivente. Mas, “A alma que pecar morre.” (Ez. 18:4, 20)
Alguns argumentam que Adão e Eva não morreram como o Senhor falou: “no dia que pecares, morrerás”. Antes de tudo é bom lembrar que eles morreram, poderiam estar vivos, caso obedecessem. No entanto, no mesmo dia o casal errante viu que estava nu.
Tiveram vergonha, arrancaram folhas da figueira para se cobrirem. Depois tiveram medo daquele Deus amigo que os visitava todos os dias. Mataram um cordeirinho (como deve ter sido doloroso para quem a morte foi a primeira experiência).
Souberam que seu filho, Caim, matou o próprio irmão Abel. Viram folhas amarelecidas caírem e flores murcharem. Isto não estava no “script”.
E ainda, viveram longo tempo para ver as consequências que devem ter abalado suas estruturas emocionais. Tudo devido à desobediência a Deus e ouvir as insinuantes afirmações daquele que se dizia mais sábio dos que o Criador. Nem sempre o conhecimento científico é seguro.