Poesias

Catedral

Sou o silêncio e solidão que nela adentram
subindo mil degraus até o cimo de minha catedral
perpassando por tantos santos que nem sei
santos estranhos, ladeados de velas, incensos e castiçais;
indeciso e titubeante, nem indaguei
se eram milagrosos, clarividentes ou pobres mortais.

Procuro um milagre que não aparece;
mesmo depois da prece
com meus amuletos
nem epifania acontece.

Sou o último dos templários
de uma catedral herética;
itinerante, busco incessante
saciar os desejos de minh’alma
sob os ventos fortes que vem do norte
badalar os sinos tristes das catedrais
anunciando sentenças de morte
de quem sofre e murmura seus ais.

A vida é longa – eu insisto:
os sonhos são breves e eu
incansavelmente existo!

Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial
Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?