Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Três espíritos médicos e o cão de Chico Xavier

Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio. Alberto Seabra (Chico Xavier) – Vozes do grande além – FEB

14 de março é o Dia Nacional dos Animais. É aconselhável, além de dedicar um dia especial aos animais, especialmente aos de estimação, realizar algo para garantir o direito e a defesa desses seres em evolução, ainda considerados irracionais.

O patrono deles é o santo Francisco de Assis, que assim diz: “Não te envergonhes se, às vezes, os animais estejam mais próximos de você do que as pessoas, eles também são seus irmãos”.

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Na cidade do Rio de Janeiro, em excursão, o assistente Áulus, em companhia de mais dois espíritos médicos, André Luiz e Hilário, em tarefa de residência médica sobre mediunidade, estuda a questão da psicometria (faculdade mediúnica de ler impressões e recordações ao contato de objetos comuns: relógio, móveis, telas, joias, espelho etc).

Adentrando um museu, o médico Hilário surpreendeu-se com a experiência que observou junto ao instrutor, percebendo os registros emocionais que os bens guardavam de seus antigos proprietários. André Luiz, sob forte impressão, fez esta consideração: “É muito importante o estudo da força mental”.

Áulus sorriu e comentou: “O pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão”.

Em Capivari, com o treinamento de cães a serviço da Guarda Civil, o jornal O Globo noticiou: ““Durante o patrulhamento preventivo no interior da escola, o cão policial (Zeus, da raça pastor belga) detectou odor de drogas em uma mochila que estava dentro de uma sala de aula”.

O médium Chico Xavier tinha uma singular estima pelos animais; aqueles que frequentaram seu modesto lar sabiam que o mineiro “tinha um cão que atendia pelo nome de Lorde, o qual conhecia as pessoas que visitavam seu dono, quais eram as amigas, as curiosas e as maliciosas”.

Chico comentava com os amigos que o cachorro era “meu inseparável companheiro de oração. Toda manhã e à noite, em determinada hora, dirigia-me ao quarto para orar. Lorde chegava logo em seguida.

“Punha as patas sobre a cama, abaixava a cabeça e ficava assim, em atitude de recolhimento, orando comigo. Quando eu acabava, ele também acabava e ia deitar-se a um canto do quarto”.

Antonio Matte Noroefé, autor do livro Chico Xavier – o homem, o médium, o missionário, Editora EME, relata o que ouviu do médium: “Em minhas preces mais sentidas, Lorde levantava a cabeça e enviava-me seus olhos meigos, compreensivos, às vezes cheios de lágrimas, como a dizer que me conhecia o íntimo, ligando-se ao meu coração”.

Um dia, certo visitante lhe pergunta se animais têm alma. Chico responde, rápido: “Ah! Sim, os animais têm alma e valem pelos melhores amigos”.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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