Poesias

Baladas Esalqueanas

Ó ESALQ saudosa, das noivas colinenses
finalmente posso te ver e contemplar
teus portentos, teus gáudios e glórias
sem as dores e sabores do verbo amar!

Salas sagradas
torres de marfim
cornijas douradas
perfumes de jasmim
alcaloides e alquimias
catleias cambiantes
incautas travessias;
lascas de guarantã
pau de aroeira
torre de Davi
arca da aliança
touros de Basã
ventos uivantes
flautas e flautins
mísulas medievais
guirlandas aneladas
adornos imensurais!

No éter do infinito azul abismal
frondes de palmeiras veneráveis
“verde que te quero verde”
redomas e campânulas
mandrágoras mágicas
plântulas e dosséis
sombras augustas
flores deiscentes
colheitas fecundas
frutos pendentes!

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Ai de ti, sonhos esalqueanos!
amei teus solos e latifúndios
teu latossolo carmim,
tuas colinas férteis
e tuas searas sem fim…

 

Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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