Poesias

MILÁGRIMAS – Alice Ruiz

C/ meus arranjos poéticos, sintáticos e dialéticos: DBP

Em caso de dor, coloque gelo, mude o corte,
O look e a cor do seu cabelo
Invente a vida e um novo modelo
Vá ao cinema, dê um sorriso (ainda que amarelo)
Esqueça os rancores e as dores de cotovelo
Se amargo for já ter sido, troque seu vestido
Altere as cores e o padrão do tecido
Saia do sério, deixe os critérios,

Siga seu senso, seu instinto
Aja sem fazer sentido
A cada mil lágrimas, sai um milagre
Caso de tristeza, vire a mesa,

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Coma só a sobremesa
Sinta na cereja, o sensual sabor
E as mil formas alquímicas
De um excitante e louco amor
Jogue-se para cima, faça cena,

Cante rimas de um poema
Não sofra penas, viva apenas
O mundo, só fissura – que loucura!

Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura…

Leia e medite um salmo
Acenda uma, duas velas
Faça uma prece, reze um terço,

Caia fora do contexto
Invente um novo endereço
A cada milágrimas, sai um milagre
Mas se, apesar de tudo, ser trivial e banal,
E chorar for inevitável
Sinta nas lágrimas plangentes, o gosto do sal
Duas, três, dez, cem, mil lágrimas
Sinta os milagres e curas da alma

A cada milagre, outras milágrimas

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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