Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração. Emmanuel (Chico Xavier) – Vida e caminho – GEEM
A lógica que existe é que as grandes ideias revolucionárias, na cultura, na ciência, na religião, na indústria, nunca se manifestam subitamente, sempre têm seus precursores.
Sócrates deixou Platão como discípulo e este, Aristóteles, que foram precursores do Cristo, com os princípios da imortalidade da alma, das pluralidades existenciais e da comunicação com os espíritos.
Interessante citar: “Sócrates, assim como Cristo, não escreveu nada, ou não deixou nenhum escrito. Como ele, morreu a morte dos criminosos, vítima do fanatismo, por ter atacado as crenças tradicionais e posto a virtude real acima da hipocrisia e do simulacro das formas”. (1)
Sócrates define o amor como sendo a busca da beleza e do bem.
O professor e filósofo Clóvis de Barros Filho, em conferência, classifica o sentimento do amor como: amor platônico (eros), aristotélico (philia) e de Cristo (ágape). Clóvis afirma que “Platão definia o sentido para o amor (Eros) como sendo aquilo que se deseja, a busca por aquilo que faz falta, diferentemente de Aristóteles, que define o amor não pelo que falta, mas por aquilo que não falta mais, por aquilo que você já tem, amor é alegria pelo que não falta” (o seu casamento, o seu filho, amor pela sabedoria).
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Você pode amar quando sente falta, quando deseja, e também quando o objeto está presente, quando foi uma conquista e traz alegria. Exemplos: um ente querido que faleceu, pai, irmão, fazem falta; os que convivem com você, como o chefe, o filho, a sogra, lhe dão alegria (ou não…).
Entretanto, vivemos muito mais querendo coisas, com muitos desejos e com poucas alegrias, tanto é que o provérbio popular ensina que desejamos o que não temos e, depois de conquistado, não queremos mais…
O filósofo Platão definiria o amor como sendo o desejo pelo que não temos. Quando conseguimos, acabar-se-ia o amor. É semelhante à forma como vivemos os que somos compulsivos, por exemplo por compra ou por acumular: estamos sempre insatisfeitos, esperando adquirir mais um exemplar, mesmo que já tenhamos diversos.
Segundo Aristóteles, o amor é a alegria pelo que não falta, ou pelo que você já tem. Ele nos adverte: “A felicidade não se encontra nos bens exteriores. O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição”.
Completando, agora com Emmanuel: “Ama, pois, e ama sempre, porque o amor é a essência da própria vida, mas não cogites de ser amado. Ama por filhos do coração aqueles de quem, por enquanto, não podes partilhar a convivência mais íntima, aprendendo o puro amor fraterno que Jesus nos legou.” (2)