Santa Ceia ou Eucaristia | A expressão: “Se Eu não te lavar, não tens parte comigo” mostra ser uma cerimônia imprescindível para a salvação, ou seja, é necessário lavar o coração de todo o mal.
Quando Cristo lavou os pés de Judas, seu traidor mostrou que não se deve excluir a ninguém desse ritual.
É o momento de acertos das dissensões e questiúnculas entre irmãos como o foi para os discípulos. E nisto, precisa-se refletir, a fim de que ninguém participe da ceia com inimizade ou tristezas e mágoas no coração.
Cristo está disposto e desejoso de lavar o coração daqueles que sentem a sujidade do pecado. Outra afirmação de Cristo: “deveis também lavar os pés uns dos outros” revela ser oportunidade para todos os crentes, lavar os pés, “uns aos outros”, não só do líder ou de alguém encarregado pelos demais.
Encerrando o lava-pés, Cristo Se sentou à mesa para a Santa Ceia. Já com todas as desavenças dirimidas, tudo estava tranquilizado.
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A comunhão
O segundo ato, a comunhão, é de alegria. Não é de lamentações ou de pensar nas fraquezas, tudo foi acertado entre os irmãos e com Deus.
“Portanto, qualquer que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor”. “Examine-se o homem a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice.” (1 Cor. 11:27-28)
Assim, como na Páscoa, na santa ceia o pão levedado é o emblema do corpo de Cristo e deve ser sem fermento – como visto o fermento é símbolo do pecado. S. Paulo diz que devemos lançar fora o fermento, o cristão não deve ter “fermento” (pecado), pois Cristo a nossa Páscoa foi sacrificado por nós. (1 Cor. 5:6-8; ver Luc. 12:1). Cristo não teve pecado, assim o pão e o vinho não devem ser levedados.
S. João registra proposição de Jesus ao dizer aos judeus: o verdadeiro pão não é o maná e nem foi Moisés que o deu, mas o verdadeiro pão é aquele vindo do céu, enviado por Deus.
Esse pão dá a vida eterna ao mundo. (João 6:32-33)
Meu sangue
Nessa última cerimônia, Ele “tomando o cálice, dando graças, deu-lhes, dizendo: bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos.” (Mar. 14:23-25)
Quando, ao partilhar a ceia, Jesus quis mostrar muito mais do que o comer pão, era o digerir o corpo de Cristo, envolve muito mais do que à princípio se imagina. É uma responsabilidade vital para o cristão.
Assim como comer a palavra de Cristo não quer dizer literalmente degustar, mas nutrir-se de Seus ensinos.
Aquilo que representava o comer da carne do cordeiro de um ano, branco, sem manchas na Páscoa, também simbolizava o comer o pão na santa ceia, era “comer do corpo de Cristo”, o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo. (João 1:29)
Ao participar da ceia do Senhor, ou, comer do corpo de Cristo, e beber do Seu sangue deve-se rememorar que “Cristo é a nossa Páscoa” (1Cor. 5:8); é introduzir Jesus em nós; é, no dizer de S. Paulo:
“Estou crucificado com Cristo, já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim.” (Gal. 2:20)
“Aquele que está em Cristo é uma nova criatura, as coisas velhas se passaram (para ele, o mundo e suas concupiscências não têm mais valor) tudo se fez novo (amigos, conversações, torna-se um marido e pai amoroso).
Promessas
A esperança dos discípulos estava nas promessas de Jesus, assim como a de Davi: “Esta é a minha consolação na angústia. A Tua promessa preserva a minha vida.” (Sal. 119:50)
A santa ceia também tinha o objetivo de deixar viva a esperança na volta de Jesus Cristo a este mundo para buscar aos Seus e levá-los ao céu onde participarão da santa ceia celestial.
A esperança dos cristãos, viventes de 2022, também se baseia na bendita promessa, daquele que não mente e não erra, a gloriosa volta do Senhor Jesus Cristo.
“E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que beba de novo convosco no reino do Meu Pai”. (Luc. 22:18)
Como será aquela Santa Ceia em Jerusalém, a cidade com ruas de ouro, muralhas de jaspe, portais de pérola maciça? A mesa de prata, segundo Ellen White, deverá ser quilométrica; os convivas felizes dirigidos por Jesus!
Você leitor, estará lá, sentado à mesa, no lugar reservado para você? Não falte.