Rubinho de Souza

Nossos valores morais vão se perdendo

Não há como negar, que o homem, principalmente no último século, buscou muito e alcançou o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, o que sem dúvida melhorou muito as condições materiais da vida em geral da sociedade como um todo. Porém, com todo esse conforto conseguido exteriormente, o ser humano está cada vez mais deixando de lado os valores morais que engrandecem o seu interior.

Vivemos por tudo isso, uma crescente e inegável crise de valores que estão desencadeando flagrantes de intolerância, frieza, transgressão da ética e da moral, que estão sendo aceitos pela sociedade como uma coisa normal, quando deveriam ser rechaçados por todos nós.

Nossos jovens estão se perdendo, porque muitos de nós, adultos, também perdemos o rumo que havíamos aprendido com a educação recebida dos nossos pais e educadores, fazendo tênue a linha divisória entre o certo e o errado, numa total falta do bom senso, que muita falta nos está fazendo.

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A tal felicidade compartilhada nas redes sociais, vira fumaça no primeiro comentário dissonante, por ínfimo que seja, e o bom humor sequer resiste a um problema trivial, surgido num final de semana, onde é convencionou-se que tudo deve ser perfeito.

Até mesmo as crianças têm apresentado comportamentos com os quais os pais não estão sabendo lidar, rotulando-as para explicar suas atitudes, de hiperativas, e cada vez mais prematuramente, vêm recorrendo a psicólogos, sendo precocemente medicadas, como resultado da cultura em que vivemos, quando deixamos pelo caminho os sábios ensinamentos de nossos antepassados.

Esse comportamento da maioria de nossos jovens e crianças, é reflexo da formação que os mesmos estão recebendo através dos meios de comunicação, onde se desconhece os limites, onde há ausência de disciplina, impingindo-lhes uma nefasta inversão de valores, cada vez mais presente em nossa sociedade que vêm desestruturando os lares.

Se a educação recebida pelas crianças e pelos jovens através dos meios de comunicação e redes sociais em geral, enfatiza o desenvolvimento intelectual sem se preocupar em cultivar os valores e as qualidades humanas nos mesmos, teremos uma criação de indivíduos padronizados no modo de pensar, de agir, de consumir, mas sem sentimentos.

Há hoje grande domínio dos meios de comunicação, exercido sobre nós, pequenos e grandes, fazendo com que, não questionemos nossa maneira de viver, nossa maneira de educar nossos filhos e netos, fazendo-nos acomodar e se conformar com as coisas como elas são.

Valores como justiça, amor, compaixão, respeito, comprometimento, honestidade, entre outros, estão se perdendo e já colhemos os frutos dessa desatenção, e colheremos muito mais no futuro pelo resultado de nossas escolhas, onde os valores estruturantes de uma vida em família farão parte do passado, se não apontarmos em tempo, onde estão os erros e corrigi-los para solução do problema.

Todos precisamos de humildade, de pureza, de fidelidade, de humor, de amor e também de outras virtudes que caminham juntas, e só terão valor se coexistir com a responsabilidade, o respeito e o compromisso de repassar todas aos nossos descendentes através de nossos exemplos e nossas atitudes.

Somente tendo essa responsabilidade, trilharemos e conduziremos a nova geração para a formação de dignos cidadãos e seres humanos mais conscientes para também cultivar, levar adiante o ensinamento desses mesmos valores.

Não existe, nos parece nos veículos de comunicação, estímulos para a prática de gestos nobres, que construa, agregue valor, ao contrário, a mensagem que se ouve, subliminar, é que não é recompensador praticar o bem, não compensa ser honesto. E, este cenário que se nos apresenta hoje, abala a confiança de todos nós no amor, na bondade e na vida. E, isso não podemos permitir que aconteça.logo do fundo do baú raffard

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