J.R. Guedes de Oliveira

Figuras ilustres da região: Júlio Ribeiro

Júlio César Ribeiro Vaughan – Escritor e Filólogo. (Sabará, 16 de abril de 1845 – Santos, 1 de novembro de 1890) foi um escritor e gramático brasileiro.

Foi o criador da bandeira do estado de São Paulo, concebida em 1888 para ser a bandeira da república. Foi escolhido para o patronato da cadeira 24 da Academia Brasileira de Letras por seus membros fundadores. Júlio Ribeiro foi casado com Belisária Pinheiro Ribeiro e teve uma filha chamada Maria Júlia Pinheiro Ribeiro.

O verdadeiro nome de sua filha era Maria Francisca, mas foi mudado para Maria Júlia pela mãe, após a morte de Júlio, em sua homenagem. Maria Júlia foi casada com o professor Albertino Pinheiro, com quem teve a filha Elsie Pinheiro Polêmico, abolicionista, anticlerical e representante do naturalismo, movimento fundado pelo francês Émile Zola.

Júlio Ribeiro
Júlio Ribeiro

A Carne, publicado em 1888, é seu romance mais conhecido, possivelmente a sua obra-prima, sabendo que esta obra foi concebida na sua integridade, em Capivari, SP, quando ele residia na sua casa, na rua Padre Bento (prédio ainda preservado). Conta a ardente paixão entre a jovem Lenita e o engenheiro de meia-idade Manuel, filho do coronel Barbosa. O livro provocou escândalo por abordar temas até então ignorados pela literatura da época, como amor livre, divórcio e um novo papel da mulher na sociedade. Definitivamente, é um livro sobre a sexualidade humana.

Por sua importância em sua época, foi eleito pela Academia Brasileira de Letras, com o Patronato da Cadeira 24, por escolha de seu primeiro ocupante, Garcia Redondo. Júlio Ribeiro deu início a uma dinastia de escritores.

É avô da escritora e cronista Elsie Lessa, bisavô dos escritores e cronistas Ivan Lessa e Sérgio Pinheiro Lopes, e trisavô da escritora Juliana Foster. Júlio Ribeiro propôs em 16 de julho de 1888, logo após a Abolição da Escravatura, a atual bandeira de São Paulo para ser a bandeira do Brasil, sendo parte da sua campanha pela República.

Obras: O Padre Belchior de Pontes (romance em 2 volumes, 1867 / 1868); Gramática Portuguesa (1881); Cartas sertanejas (1885); A Carne (1888); Uma polêmica célebre (1934).

(Fonte: Academia Brasileira de Letras)

Jornal O Semanário

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