Alguém que durante sua profícua existência, somente enxergou virtudes nas pessoas com quem conviveu, e com quem relacionou, rendendo-lhes sempre merecidas homenagens, também merece ser homenageado por nós, para que lhe seja feita justiça.
Usarei inclusive seus próprios dados bibliográficos, escrito por ele mesmo, visto que era como ele gostaria que fosse feito se aqui estivesse, relatado em um de seus livros, o escrito diz muito a respeito de quem foi Silveira Rocha:
Filho de João Silveira Rocha e Etelvina Martins Rocha, Pedro nasceu em Piracicaba, aos 11 dias do mês de maio do ano de 1915, transferindo-se para Rafard, quando tinha apenas 14 anos de idade, onde casou, teve filhos e netos.
Sua mãe, viúva muito cedo, com 11 filhos, não teve condições para custear curso superior aos filhos ante a dificuldade enfrentada. Mas Pedro, mesmo tendo começado aos 10 anos de idade a trabalhar para ajudar na renda familiar, nas horas de folga, estudava sem a ajuda de ninguém. Assim foi no comércio em Piracicaba e depois na Usina de Rafard, no Círculo Operário Rafardense e na Prefeitura de Capivari.
Frequentou as Escolas Reunidas do Guamium, o Grupo Escolar Barão de Serra Negra e o Grupo Escolar Moraes Barros, todos em Piracicaba.
Autodidata, sem ao menos completar o 4º ano primário, todavia aos 20 anos, substituía professores no Grupo Escolar de Rafard, época em que já se iniciara na composição de alguns versos, vindo anos mais tarde a se tornar poeta.
Na sua vinda para Rafard, ainda moço, participou ativamente da vida social da cidade que adotou como sua terra natal.
Na juventude, lia Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e ainda os parnasianos, Alberto de Oliveira e Olavo Bilac, poetas que acenderam seu gosto e o influenciaram na poesia.
Participou da fundação no ano de 1953 da “Sociedade Amigos de Rafard” conhecida na época por S.A.R.
Suas iniciais colaborações em jornais se deram no ano de 1960, onde publicou poesias, crônicas e artigos, sendo seu primeiro livro: “Amor, doce amor”. Entre outros, no livro “A tragédia de Corinto” Silveira Rocha, focaliza através de um romance, a Emancipação da terra que convencionou denominá-la “Corinto”.
Foi o idealizador no ano de 1972 do Brasão de Armas do nosso Município, ao vencer concorrido concurso promovido pela Prefeitura Municipal, cujo lema “Pelo Trabalho Sempre” tem o significado e expressa a vida laboriosa de um povo que essas razões – segundo suas palavras – lhe renderam homenagens significativas, prêmios e cartões de prata.
Chegou até mesmo a ser palestrante em algumas oportunidades, tendo realizados trabalhos ocupando cargos como orador oficial, secretário, conselheiro e juiz de paz.
Dirigiu ainda por muitos anos, a Biblioteca Pública Municipal “João B. Prata” da cidade de Capivari, e foi o organizador da Biblioteca Pública Municipal e do Museu Histórico “Júlio Henrique Raffard” na cidade Coração.
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Como podemos perceber, Pedro Silveira Rocha foi sem dúvidas, um ser iluminado por tudo e muito mais que não cabe neste pequeno espaço para descrever a vida do amigo, filho, esposo, pai e avô, nesta singela, mas não menos sincera e merecida homenagem póstuma ao nosso querido “Pedrinho Rocha”.