J.R. Guedes de Oliveira

Homenagem ao Bicentenário da Independência

A partir deste número do “O Semanário” estaremos reproduzindo o longo poema do engenheiro Dario Bicudo Piai, em homenagem aos 200 anos da nossa Independência.

Assim, a primeira parte desta histórica reprodução, segue abaixo.

Duzentos anos de Independência do Brasil
(um longo período de nossa história)

I – Brasil do Primeiro Império

Nossa verdadeira liberdade
deu-se na Independência do Brasil
celebrada com fraternidade
com muita paz e orgulho juvenil

Duzentos anos se passaram
de suor e sangue derramados
somos hoje um povo e nação
que honramos nosso passado.

Da América Latina, a única monarquia
em 1821, D. João VI volta para sua terra natal
e deixa seu filho D. Pedro , o Príncipe Regente
para se ter dois países, em benefício de Portugal.

Sob forte pressão, do intrépido e Regente D. Pedro,
da Princesa Leopoldina e Joaquim Gonçalves Ledo
dá-se a esperada e anelante ruptura, entre Brasil e Portugal
conforme os ideais de Tiradentes, desde o Brasil colonial.

Às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822
a imperiosa a Independência do Brasil, incitou bravio
coroando-se nosso legítimo Imperador – D. Pedro I
bradando “Independência ou Morte”, ao nosso Brasil.

D. Pedro I, passou nossa nação, à monarquia;
em 1823, no processo da primeira Constituição
causou a maior indignação, agindo contra os deputados,
os grandes líderes constituintes, causando abominação
pois quisera só para ele, todas regras, poderes e dominação.

Em 1824, uma nova, trivial e duvidosa Constituição
além dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
ele ainda queria para si, um quarto e absoluto poder
o Poder da Moderação – limitando nossa liberdade
causando preocupação, pois defendia com autoridade
e arbítrio, em detrimento de nossa Querida Nação.

Em 25 de março de 1824 foi-nos imposta
a despótica e híbrida Constituição brasileira
com poderes irrestritos ao Rei D. Pedro I,
deixando sem eira nem beira, a Pátria inteira.

Daí o motivo de inúmeras revoltas do povo brasileiro:
a Revolução Pernambucana, de caráter republicano e separatista,
a Confederação do Equador, devido à crise socioeconômica;
em toda região nordestina, reprimidas pelas forças imperiais,
executando-se Frei Caneca, um dos grandes heróis patriarcais;
no Sul, a revolta da Província Cisplatina, integrada por D. João VI
causando três anos de Guerra, entre Brasil e Argentina
com intermediação da Inglaterra, e ambos abrindo mão
a favor da República Oriental do Uruguai, a nova nação.

O autoritarismo de D. Pedro I, gerou forte insatisfação:
as revoluções no nordeste, perda da Província Cisplatina
e seus esbanjados gastos, arruinaram-no intensamente,
mas por um grande livramento e providência divina,
abdica-se do trono em 7 de abril de 1831, para seu filho a favor:
Pedro de Alcântara, aos cinco anos – tutelado por José Bonifácio
e do nosso Brasil, torna-se, aos quatorze anos, o II Imperador.

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