Avaliação Olfativa
A análise do aroma do vinho é realizada em duas etapas.
Na primeira, a taça é mantida estática para a detecção dos aromas mais delicados, substância de baixo peso molecular, os mais voláteis. A inclinação da taça a 45° aumenta a superfície de volatilização e melhora a avaliação. Esse é momento de verificar a presença de defeitos. *Alguns aromas são defeitos, é importante aprender sobre eles, para diferenciar um vinho em boas ou más condições.
A segunda etapa, dinâmica, consiste em girar a taça de maneira uniforme à modo que gire o vinho em seu interior, libere os aromas menos voláteis, os mais pesados. É nesse momento que se analisa a complexidade aromática.
Numa tentativa de facilitar a avalição olfativa dos vinhos, poderíamos dividir teoricamente os aromas em primários – seriam os originários da própria uva, secundários – os originados do processo fermentativo e do amadurecimento em madeira (carvalho) e terciários – os originados do envelhecimento em garrafa e também conhecido por bouquet.
Da mesma forma que a cor, os aromas do vinho oferecem pistas. De uma maneira genérica e simples poderíamos dizer que:
• Nos vinhos brancos predominam aromas de flores e frutas, brancas e amarelas: pera, abacaxi, pêssego, lírio, jasmim, etc.
• Nos vinhos tintos percebemos aromas de flores e frutas, vermelhas ou escuras: rosa, violeta, morango, cereja, amora…
• Nos vinhos tintos e jovens predominam traços de flores e frutas frescas, que evoluem com o envelhecimento do vinho para os aromas de frutas mais maduras, secas ou em geleia.
A única maneira de se identificar com facilidade os complexos aromas que os vinhos apresentam é reativar a capacidade de reconhecer os aromas existentes na natureza.
De uma maneira simples, é prestar atenção no perfume de uma flor, sentir o cheiro de uma fruta. Isso é a nossa “Memória Olfativa”.
Isto requer tempo e disciplina, mas se tratando de vinho, acredito que não será difícil treinarmos com afinco e com prazer.
Até semana que vem !
