A discussão sobre beleza e estética no futebol não tem e nunca terá fim. Isso porque se trata de algo subjetivo e dependente do gosto individual, crenças e memória afetiva de cada um.
Na última década se convencionou classificar como atraente um jogo com muita posse, troca de passes e domínio através da circulação da bola – isso influenciado pelos times comandados por Pep Guardiola.
Mas há quem prefira a verticalidade do Liverpool de Klopp, que veio um pouco depois. Ou a exímia defesa armada por Diego Simeone no Atlético de Madri há mais de dez anos.
Ou até o pragmatismo de Carlo Ancelotti no Real, atual campeão da Champions.
O fato é que não há nem certo e nem errado.
O futebol é apaixonante, dentre outras coisas, porque dispõe de inúmeras maneiras de se cumprir a lógica do jogo e atingir o objetivo de fazer mais gols que o adversário, saindo-se assim vencedor.
Trazendo para o futebol brasileiro, temos mais uma vez três dos quatro semifinalistas da Libertadores. E cada um deles joga de uma maneira.
O Flamengo de Dorival Júnior aposta na ofensividade, explorando ao máximo a mobilidade e capacidade técnica de seus jogadores.
Já o Palmeiras de Abel Ferreira tem uma defesa sólida e um ataque posicional extremamente azeitado e bem executado.
E o Athlético-PR do experiente Felipão com um sistema defensivo cascudo e uma transição ofensiva fulminante. Três times, três ideias gerais diferentes.
Não existe sistema de jogo ideal. Existe adaptabilidade para compreender o perfil dos jogadores a disposição e o contexto geral para aí sim com flexibilidade implementar conceitos que extraiam o melhor de todos.
O que sair a partir disso com certeza não agradará a todos! Que bom! A graça do futebol também está nisso!