Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Chico Xavier, suas escolhas e preferências

A vitória ou a derrota estão dentro de nós mesmos. Acredite em si mesmo como a roseira que renova as rosas, como as árvores que fecham suas feridas. Comece agora a pensar em si e no futuro. Chico Xavier

Neste mês de junho, lembramos do retorno à vida eterna de Chico Xavier, quando se completam 20 anos desse desenlace, para o qual ele gostaria que o povo estivesse alegre – e esteve, com o técnico Felipão e a vitória por 2 a zero contra a Alemanha, na final da Copa no Japão, em 2002.

Como somos bem-aventurados todos que acordamos em paz e gratos. Porque a partir do momento em que começamos a pensar e, principalmente, agir entendendo que a vida é uma bênção, ela se transforma mesmo em bênção.

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Como serão desenvolvidas nossas conexões com as pessoas que moram conosco, que almoçam conosco, que trabalham ou estudam conosco e com nosso próximo? Reflitamos na bênção que é a vida. Como estagiários do reino de Deus, não temos problemas insolúveis, dor que nunca passe. Temos situações de reciclagem, e todas elas podem ser resolvidas.

Quando oramos a Deus ou ao seu filho Jesus, ou então aos bons espíritos, estamos em uma conexão com a luz, com a bondade e com a sabedoria. Revestidos de fé e amor em nossos sentimentos, não precisamos mendigar ou gritar por recursos, porque eles sabem do que realmente precisamos e vão estender as graças em nossa vida naquilo que será o melhor para nós, pelos nossos méritos.

Chico Xavier dizia: “Nem sempre terás o que desejas, mas enquanto estiveres ajudando aos outros encontrarás os recursos de que precisas”.

Ele tinha suas preferências. Dizia que torcia para o Corinthians. Numa roda de conversa, alguém lamentava duas décadas sem títulos: “Mas esperar mais vinte e dois anos para ser campeão já é demais. Eu não teria coragem de ser corintiano depois de tanto fracasso…”

Alguém da turma então perguntou ao médium: “E você, Chico? Que diz a isso? Você se diz corintiano, tem coragem para esperar esse campeonato, sempre distante?”.

Chico respondeu: “Vocês não se impressionem… Eu continuo firme, na espera do título… A minha bandeira de corintiano um dia vai ser desenrolada”.

“Mas, pense bem”, falou o outro: “ O Corinthians já luta por isso, em vão, há mais de vinte e dois anos e você ainda espera?”

Chico respondeu muito calmo: “Isso não tem importância, não. Para mim, esse tempo é sopa, pois justamente agora estou completando cinquenta anos de mediunidade [1977]. Como vê, temos muita margem de tempo para esperar”. (1)

Naquele 1977 seu time ficou campeão. E como o que vai retorna, em 2014, com o mesmo técnico Felipão, a seleção brasileira sofreu a maior humilhação de um campeão: no Brasil, jogando contra os próprios alemães, perdeu de 7 a 1.

1) Nena Galvez (Até Sempre Chico Xavier) – Editora CEU

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