A profecia, que Daniel expôs há mais de 2600, esclareceu ao rei Nabucodonosor (603 a.C.) e a nós hoje, sobre o passado, presente, e futuro como veremos com o restante da profecia.
O terceiro império, a Grécia do macedônio Alexandre, foi representado pelo ventre e coxas de bronze na estátua. Os gregos são oriundos das tribos indo-europeias, descendentes longínquos de Jafé, chamados em hebraicos de Javã (Gn. 10:2).
Alexandre herdou o reino da Macedônia de seu pai Filipe, este sujeitou as cidades-estados gregas em 338 a.C. Alexandre, com apenas 35000 homens derrotou Dario III com uma numerosa esquadra persa, em batalhas de 334 a 331 a.C. Alexandre viu cair em suas mãos uma grande riqueza.
Neste mesmo ano subjugou o Egito e fundou Alexandria. Seus homens usavam capacetes, escudos, machadinhas de guerra e outros artefatos, todos de bronze. Heródoto revela que Psamtik I, rei do Egito, viu nos invasores gregos, piratas de bronze vindos do mar. (SDABC, v.4, p. 774)
Alexandre era um imperador sedento pelas conquistas, dominou a Macedônia, Grécia, leste da Índia, Egito, e só não foi além por desistência de seus soldados.
Em 323 tomou muita bebida que piorou sua enfermidade (malária) e morreu com 32 anos de idade. O grande vencedor de todas as batalhas mostrou sua fraqueza ao ser derrotado pela bebida fermentada.
O quarto império, Roma, é simbolizado pelas pernas de ferro (Dn. 2:40. Foi formado por tribos indo-europeias e etruscas.
O historiador Edward Gibbon no seu Declínio e Queda do Império Romano, chama Roma de Reino de Ferro. Suas legiões tão unidas e numerosas, com escudo, capacete e lanças de ferro, arco e flechas, destroçaram todas as forças e nações oponentes.
Assim foi feito com a Gália Alpina e transalpina, com Cartago, onde deixou em pé só a casa de um poeta, e com Jerusalém no ano 70. Tornou-se o reino mais poderoso do que quaisquer estados do ocidente europeu. Destruía e arrasava um a um dos seus contendores e tornou-se um conquistador agressor, irresistível e temível.
Em 265 a.C. toda a Itália estava sob o governo de Roma e no ano 200 Roma teve uma vitória inesperada sobre seu principal inimigo e concorrente comercial, Cartago, no Norte da África. Este quarto império foi o mais longevo e extenso dos quatro, dominou das terras britânicas, e Itália ao Eufrates da Mesopotâmia. Um império de ferro.
Com o poder veio o comodismo, assim, perderam o poder e o elã conquistador, pediram aos governantes “pão, circo e vinho”, começaram a usar mercenários nas suas guerras; perderam seu poderio. Com a aquiescência romana, os invasores com sua bravura, alojaram-se e fizeram do império uma colcha de retalhos.
A profecia mostrou a divisão com os pés e dedos, de ferro e barro, uns países seriam mais fortes do que outros e não haveria mais império, embora tentassem. (Dn 2:42-43) Quanto aos dez dedos, em momento algum é predito que seriam dez tribos invasoras ou dez nações, pois o profeta, chama a atenção para o fato de haver divisão no império e não de quantidade. (Ídem, p.775) É o que ocorreu com a entrada dos francos, suevos, hunos, vândalos, anglo-saxões, ostrogodos, visigodos, lombardos e outras, uma divisão geográfica no férreo império romano.
A Europa está dividida até hoje com países independentes: França, Portugal, Espanha, Inglaterra, Suécia, Suíça, Alemanha e outras, apesar da união europeia e do euro.
As várias tentativas de Napoleão Bonaparte, Benito Mussolini, Adolf Hitler e outras, para a formação de um novo império, por diferentes motivos, todas elas mostraram-se fracassadas, pois Daniel profetizou: “(os países) não se ligarão um ao outro, como o ferro não se mistura com o barro”. (Dn. 2: 43)
Essa profecia terá ainda o cumprimento nos dias desses países, com a pedra cortada sem mão, vinda do céu, esmiuçando-os e fundando um novo reino mundial, imperecível e eterno. (Dn; 2:44-45) A Bíblia simboliza muitas vezes Cristo com a Pedra (Sl 118:22; At. 4:11; I Co. 10:4; I Pe. 2:6-8).
O ponto culminante dessa profecia é que Jesus voltará nos dias em que esses países ainda estarão divididos. Daniel afirmou: “certo é o sonho e fiel a interpretação. Nabucodonosor reconheceu a fidelidade do profeta e a soberania do “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (Dn. 2:46-48)
Deus também fez você, caro leitor, conhecedor do que acontecerá nestes próximos dias, e o torna responsável pelo seu preparo e de seus familiares. “Prepara-te, diz Amós 4:12, para encontrares com o teu Deus. Pois Cristo logo virá.