O futebol é um mundo à parte.
Como toda frase, essa pode ter vários sentidos, interpretações e ramificações.
Me apego aqui a gestão. Ao comando. As tomadas de decisão de quem tem a caneta nas mãos. Os dirigentes!
Como inovar em um ambiente cheio de vícios? Como trazer ideias diferentes onde todos dizem “aqui sempre foi assim?”.Como ponderar usando a razão onde a emoção prevalece? Desafios gigantes que geram boas reflexões…
Primeiro de tudo, o dirigente eficaz deve buscar a preparação. Vou defender o estudo e o conhecimento em todas as áreas, sempre.
E nesse mundo da bola tão milionário não cabe mais o amador! E não cabe mais o profissional com apenas uma parte do conhecimento: por exemplo, o ex-jogador que tem a vivência do dia a dia, mas pouca base teórica ou o executivo que é bem sucedido em outros segmentos, porém com pouca intimidade com as particularidades do futebol.
Para comandar um clube é fundamental ter competências relacionais, interpessoais, visão, boa comunicação, habilidades de negociação, olhar estratégico e etc. Mas tudo com foco no modelo futebol. E não competências soltas e aleatórias.
E neste contexto é extremamente positivo o movimento dos clubes brasileiros em direção a SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Com o dinheiro tendo nome e sobrenome é certo que o profissionalismo vai ser protagonista.
O dirigente político, com outra atividade laboral, que ia a noite no clube tomar decisões estratégicas, será engolido pelo executivo remunerado, capacitado para cuidar de determinada pasta, e que é cobrado por resultado e performance.
No futebol antigo muito clube foi vitorioso com o modelo de gestão amador. Mas é insano querer triunfar hoje com as mesmas práticas de ontem. Novamente: defendo aqui a capacitação! Algo voltado para o futebol profissional.
Sem rótulos! Não importa a origem, se é ou dirigente estatutário, ou ex-jogador ou empresário de outra área! Vale a competência para atuar nesse mercado tão específico e que cada vez mais gera e movimenta cifras tão altas.