Rubinho de Souza

Ao amigo que se foi, minha sincera homenagem

Na coluna desta semana, não poderia jamais, deixar de fazer uma singela homenagem ao meu particular amigo, Osvaldo Boscolo, mais conhecido por Vado, que nos deixou no dia de domingo próximo passado.

Recebi a notícia, através do filho Edson, mas por contingências e compromissos assumidos, que não vem ao caso declinar aqui, não foi possível dar o último adeus ao Vado, e minhas condolências à esposa Dona Maria Helena e seus filhos.

Mas, guardo numa gaveta das minhas memórias, onde se lê: “Lembranças” que abro para espantar a tristeza, quando a mesma quer invadir meu ser, pois lá tenho guardado somente coisas boas para se recordar. E do meu amigo, tenho guardadas nossas boas conversas em que ríamos muito, lembro-me bem, quando ele me dizia, quando a gente se encontrava, que a primeira “coisa” que lia no jornal O Semanário, era a coluna Rafard – Do Fundo do Baú. E já esticava a conversa e perguntava: – De onde você tira aquelas ideias lá heim Rube? (Era assim que ele me chamava). Eu e minha família gostamos muito do que você escreve, dizia-me sempre…

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Muitas vezes, nos encontrávamos no mercado durante o dia, ou de manhã, nas minhas caminhadas matinais, mas, ele de maneira alguma passava por mim com a sua Belina sempre impecavelmente limpa e conservada, sem ao menos parar para me cumprimentar, e trocar algumas palavras, por poucas que fossem.

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Foto enviada pelo colunista

A nossa amizade era tanta, que permitia algumas brincadeiras, e até alguns xingamentos inocentes, e dávamos risadas de nós mesmos, e lembrávamos muito o passado e acontecimentos pitorescos: – Você colocou a foto da construção do círculo operário no jornal, e não colocou que sou eu que estou na foto, mardito? Dizia ele rindo, e me fazendo rir pela maneira como ele cobrava minha falha. Ao que eu prontamente respondia: – Ah, Vado, me esqueci, mas na próxima edição coloco lá, pode deixar: Vado, filho de Guerino Boscolo. Ao que ele emendava: – É tudo brincadeira Rube. não ligo para isso não!

E por falar em foto, a desta publicação, foi cedida por ele, e naquela ocasião ele me contou sobre a amizade dos três: João Anacleto, ele e Nivaldo Moutinho. Eram na verdade amigos inseparáveis, me disse ele na ocasião em que me cedeu a foto para cópia, e que a amizade entre os três, perdurava até hoje, mesmo depois de passados 60 anos ou mais.

Certa vez, numa de nossas conversas, foi citado o nome do Nivaldo, e Vado me dizia na ocasião, que até o dia de hoje, recebia a visita do amigo de juventude, e continuava dizendo que um dia, quando o Nivaldo fosse à casa dele, queria que eu também fosse, para um bate papo entre nós. Perguntei para ele: – Vai ter crustules que Dona Helena faz como ninguém? Ele disse que se eu garantisse que iria, ele pedia para ela fazer. Infelizmente, para nossa tristeza, não foi possível nosso encontro.

Seus filhos Edvaldo e Edson, quase me fizeram ir às lágrimas, quando me disseram, que ele não escondia de ninguém a grande consideração e o carinho que nutria pela minha pessoa, motivo mais que suficiente a justificar essas poucas, mas sinceras linhas em homenagem ao nosso amigo Vado Boscolo, que deixou-nos muitas saudades!

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