Leondenis Vendramim

Cristianismo e sua história 2

As religiões abraâmicas, têm uma origem comum::os ensinos e a vida de Abraão, que se tornou monoteísta.

Por onde passava construía um altar para adorar ao seu Deus (Gn.13:18, 22:9), um testemunho de sua fé no Deus único.

Seus descendentes tinham o mesmo costume (Isaque – Gn. 26:25 e Jacó – Gn. 33:20). Como já visto, os judeus foram escravizados por 400 anos pelos egípcios e lá aprenderam o politeísmo, esqueceram sua cultura e os ensinos de Jacó.

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Quando Moisés tirou o povo da escravidão, teve muito trabalho para ensiná-los no deserto a adorar um só Deus.

Escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia nos quais consta a Lei dos 10 mandamentos e repetidamente lembrava-os que deviam adorar a Jeová, o Único, Criador e Mantenedor (Ex. 20:2-5; Dt. 5:6-9; Dt. 6:4).
Jesus nasceu de Maria, descendente de Judá. Cristianismo são os ensinos de Jesus, divulgados pelos Seus discípulos.

Jesus não estava ensinando novas doutrinas, mas as mesmas contidas no Pentateuco, nos livros históricos e nos Salmos contidos no Velho Testamento, incluindo a lei de Deus.

Ele nunca revogou o sábado, nem o transgrediu (Mat. 5:17-19), mas veio mostrar a verdadeira utilidade do sábado que é partilhar o amor divino com os sofredores.

Ele curou doentes e deficientes físicos, mostrou amor, enfim, revelou que o sábado é um dia de alegria e comunhão com o Criador, e se refestelar com Sua presença.

O cristianismo e o judaísmo têm muito em comum. Paulo escreveu aos Romanos 11:1-2: Deus não rejeitou o povo judeu, pois, ele mesmo era judeu da tribo de Benjamim, descendente de Abraão.

É dos judeus que veio o Salvador, de seus profetas o V.T., dos apóstolos judeus os quatro Evangelhos, Atos dos Apóstolos, as cartas paulinas e as epístolas de Tiago, Judas, as joaninas e o Apocalipse.

O cristianismo e o judaísmo têm como doutrina comum a lei de Deus, a abstinência alcoólica e a manutenção da saúde. (embora haja distinção entre as igrejas cristãs).

Há também diferenças entre ambos. Para o judaísmo, o Velho Testamento, principalmente o Pentateuco, o “Torah” de Deus é a inspiração divina. Enquanto o cristianismo aceita ambos, o V.T. e o N. T., como inspirados pelo Espírito Santo, para os judeus Jesus foi um bom profeta, mas não divino.

Os cristãos têm em Jesus uma pessoa da Trindade, divina e eterna, Criador dos céus e da terra e de tudo o que neles há, embora tenha sido também um Profeta e aguardam Seu retorno e a bendita esperança de que nesse dia, todos os crentes arrependidos serão transformados num corpo imortal, incorruptível e os que morreram, assim convictos, ressuscitarão e juntos ascenderão ao encontro de Cristo para a felicidade eterna.

Enquanto o cristianismo originou do judaísmo no século 1, o islamismo surgiu no século 7 com algumas características do judaísmo e do cristianismo, pois Maomé, foi influenciado por essas religiões.

Assim as três religiões são abraâmicas, monoteístas (creem num só Deus, Criador de todas as coisas), ensinam a se abster da bebida alcoólica e das carnes impuras, como a do porco.

Também diferem em alguns pontos: enquanto o judaísmo aceita o V.T., o cristianismo ensina que toda a Bíblia é inspirada por Deus; o maometismo tem o Alcorão (com as instruções ditadas a Maomé pelo anjo Gabriel) como autoridade sagrada.

Para os judeus Jesus foi um bom profeta, mas não divino, para os cristãos Ele é Deus encarnado, para o Islão Ele é um profeta inferior a Abraão e a Maomé.

Os judeus ainda esperam pela vinda do Messias para libertá-los de todos os jugos e isto ocorrerá quando forem obedientes aos regulamentos divinos.

Para os cristãos o Messias é Jesus, Ele já veio assumindo a natureza humana e morreu na cruz para libertar a todos os que crerem (João 3:16) do jugo do pecado.

Para alguns judeus mais radicais, o Yaveh do cristianismo não é o mesmo deles, não creem no Jesus Deus, que morreu na cruz para perdoar os humanos de seus pecados, sequer acreditam numa Trindade; dizem eles: basta arrepender-se, pedir perdão e Yaweh perdoa.

Para eles o Servo sofredor descrito por Isaías 53, por meio de quem os pecadores são salvos, é o Israel que sofreu por 70 anos no cativeiro babilônico no século 6 a.C …

No ano 70 d.C. Jerusalém foi arrasada pelo exército romano de Tito, o templo queimado e milhares de judeus crucificados.

Atualmente, Jerusalém é uma cidade considerada sagrada tanto pelo judaísmo, como cristianismo e islamismo.

Para os judeus, foi onde Davi construiu seu palácio residencial, lugar onde será reconstruído o grande templo – sinal da vinda do Verdadeiro Messias.

Os islamitas construíram ali a mesquita de “Al-áqsa”, a mais importante depois da de Meca e de Medina.

Segundo alguns rabinos, a mesquitza é uma proteção contra a idolatria; para os cristãos, Jerusalém é o berço histórico da sua religião, lugares por onde Jesus andou, da Sua sepultura, do Calvário, lugar de Sua crucificação…

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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