Um dia, a paz vestiu-se de Homem e conviveu com a Humanidade sofredora e aflita. Todavia, antes de partir
teve ensejo de dizer: A minha paz vos deixo, como exemplo. A minha paz vos dou, como modelo a ser copiado.
Momento espírita – FEP
É sabido que o conhecimento nos dá poder para tomar decisões. Mas a inteligência que desenvolvemos com o conhecimento precisa ser acompanhada da humildade, da tolerância e da gratidão.
Isto deve ser recíproco em nossos relacionamentos. Entendo que não somos perfeitos e os outros também não são e todos têm suas dificuldades. Buscar a compreensão e a tolerância é um fator positivo, porque desculpar gera saúde e nos poupa da irritação que é tão desgastante tanto física como emocionalmente.
Diante das circunstâncias da vida temos que aprender que não é o que nos acontece que deve nos afetar, mas o que fazemos com essas situações.
Em nosso dia a dia podemos relacionar uma série de situações que nos causam mal-estar, no trabalho, na igreja, no lar. Por exemplo: bagunça nas áreas comuns; colegas reclamando do trabalho e/ou de outros colegas; o encarregado que não nos dá crédito quando merecemos; colegas se atrasando para as reuniões; alguém falando alto no telefone; situação que constrange bem um dos cônjuges: ficar no celular ou computador até muito tarde; o cônjuge ou os filhos escutarem música muito alta.
Tom Stoppard (nascido Tomáš Straussler, Zlín, Checoslováquia, 3 de julho de 1937) é um dramaturgo e roteirista inglês de origem checa que expressou uma fórmula muito boa para nossa saúde: “Uma atitude saudável é contagiosa, mas não espere para pegá-la dos outros. Seja um portador”.
Ora, nosso cérebro foi configurado para reagir a problemas grandes, graves e próximos. Ao minimizar a ameaça, por exemplo, o cérebro se acalma. Então, procuremos dar tempo ao tempo e colocar as coisas em perspectiva, e tanto a fisiologia quanto a composição química do cérebro se apaziguam, e o oxigênio adicional ajuda a se equilibrar.
Uma atitude, que seria ideal, é evitar pessoas negativas; mas, se a injunção divina nos colocou no mesmo trem (família: cônjuge, pais e filhos; funcionários e chefes), o que fazer, senão auxiliá-los com nosso desprendimento e otimismo. Porque, querendo ou não, o humor de outras pessoas pode ser contagioso – se passarmos o dia com alguém reativo, vamos ficando reativos, e a solução é evitar ao máximo a reatividade e tentar ajudá-los a quebrar o ciclo.
O segredo, em boa parte, é não levar nada para o lado pessoal. É temporário, tudo passa. Quem já não ouviu de um familiar: “Eu não pedi para nascer; logo, logo vou embora”? Para onde? Para onde for, vai levar sua intolerância, sua ingratidão consigo.
Kardec consultou os espíritos sobre a ingratidão; notemos a resposta dos bons espíritos: “O homem de bom coração, como dizes, sempre fica feliz pelo bem que faz. Ele sabe que, se não for reconhecido pelo bem que realizou nesta vida, será em outra, e o ingrato sentirá vergonha e remorso”.