Há quatro anos, no dia 3 de junho de 2018, a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o Dia Mundial da Bicicleta. Nos tempos atuais, da pandemia, o uso da bicicleta chega a ser uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Para comemorar a data, a reportagem d’O Semanário conversou com ciclistas que encontraram, pedalando, um jeito mais saudável, feliz e livre de praticar atividade física em meio ao distanciamento social.
Bicicleta melhora a saúde e o casamento
Eliane Miguel Sampaio, 39 anos, moradora de Capivari, é motorista executiva e começou no ciclismo há um ano e meio.
Ela deixou uma vida sedentária e de pouco sucesso nas atividades físicas dentro das academias, agora, se diz muito mais saudável e disposta. “Eu me descobri na bicicleta”, afirma.
A motorista conta que a prática do ciclismo trouxe mais equilíbrio e menos estresse para o dia a dia, somando a perca de peso e o controle da tireoide.
Foi motivada pelo ciclismo que Eliane teve mais uma conquista, desta vez na vida pessoal. Seu esposo, até então de vida sedentária, adotou a bicicleta e também começou a pedalar. Ricardo Sampaio de Sousa, 41 anos, chegou a pesar quase 170 quilos. Em seis meses ele eliminou 32 quilos, só pedalando.
A paixão pela bicicleta uniu ainda mais o casal, que criou um grupo só para ciclistas iniciantes. No começo eram apenas cinco amigos que pedalavam juntos. Hoje, são mais de 60 integrantes no Grupo Pedala Capivari.
“Vejo no ciclismo a superação. Eu saí de uma vida sedentária no sofá para uma atividade saudável que me deu qualidade de vida. Hoje, o grupo incentiva outras pessoas que também podem se superar pedalando”, conta Ricardo.
O Grupo Pedala Capivari está aberto a novos participantes. Para fazer contato basta acessar o Instagram @pedalacapivari ou mandar mensagem para o WhatsApp (19) 99183-8457.
‘Se aparece um desafio, você tem que continuar pedalando’, diz professora ciclista
Outra história de amor com o pedal teve início há quatro anos na vida da professora de História, a rafardense Aline Maria Rodrigues da Rocha, de 37 anos.
Hoje, integrante assídua do grupo Parceiros do Pedal, Aline conta que o ciclismo mudou sua vida, e o que era para ser apenas uma atividade esporádica, se transformou numa paixão, com treinos de três a quatro vezes por semana.
“Fui gostando, aprendendo mais sobre ciclismo e melhorando os equipamentos. Hoje treino com foco para participar de competições”, diz a professora, que também conseguiu motivar o filho de 12 anos que já começou a pedalar.
Além das amizades, da melhora no condicionamento físico e da beleza dos lugares que Aline já conheceu montada numa bicicleta, ela também afirma que há lições no ciclismo, que servem para a prática na vida.
“Se aparece um desafio no meio do pedal, não tem jeito, você tem que continuar pedalando. Isso se aplica na vida também, é preciso aprender a se superar em todos os sentidos”, ensina.
Bicicleta conecta amigos e abre trilhas no Turismo
Mais um apaixonado pelo pedal, o comerciante rafardense José Oélio Cobra Cyrino Júnior, de 54 anos, já pratica o ciclismo há mais de 10 anos.
Zé Oélio faz parte de vários grupos de ciclistas, que juntos, somam mais de 100 participantes, trocam experiências e programam rotas em estradas de terra, geralmente, em trechos de Rafard, Capivari, Mombuca, entre outras cidades da região.
O comerciante relata que os benefícios para a saúde e bem-estar são inúmeros.
“Não achei nada parecido com os benefícios do pedal. Dá mais resistência física, eu me alimento e durmo muito melhor”, conta Zé Oélio, que também leva o filho de 15 anos para os treinos num trecho de cerca de 20 Km, no entorno de Rafard, próximo à ponte da Leopoldina.
Além dos benefícios para a saúde e do vínculo com novas amizades, pedalar em grupos e em contato com a natureza já se tornou um dos fortes atrativos para o Turismo na região. Os ciclistas combinam os passeios e definem trilhas que podem ser entre os municípios vizinhos, ou até mesmo em experiências mais ousadas, como pedalar por dois dias mais de 250 Km de ida e volta no percurso do Caminho do Sol.
Locais bem mais pertos também são atrativos para os amantes do pedal. Em Rafard, é cada vez mais comum encontrar com eles pedalando em lugares como a Fazenda Itapeva, Fazenda São Bernardo, Ponte da Leopoldina, Tanque São José, entre outros.
“Têm muitos lugares bons e bonitos para fazer percursos em Rafard e nas cidades vizinhas. Um deles é um trajeto de 40 Km que fazemos da ponte da Fazenda Leopoldina, indo até Mombuca”, conta Zé Oélio.
Unidos pelo pedal e pela paixão no ciclismo, os grupos conectados têm participantes de Rafard e Capivari. São eles: Fala Fera MTB, Pedala Capivari, MTB Bikes, Panda, Pedalitros, Monstrão e Parceiros do Pedal.