Domingo, dia 9 de maio, é o Dia das Mães, e muitas são as homenagens a elas que se dedicam com amor incansável aos filhos.
Nesta edição, o Jornal O Semanário também faz uma homenagem especial a todas as mães, e conta a história de duas mulheres, a Aparecida e a Maria da Glória, que além de mães, são parceiras de trabalho das próprias filhas.
No amor e no sabor
Aparecida Fávero Albini, 62 anos, moradora do bairro Gênova, em Capivari, é mais conhecida como Aparecida Confeiteira. Ela trabalha com a confecção de bolos há 25 anos.
Tudo começou depois do casamento, quando Aparecida passou a fazer bolos para os aniversários da família. Depois vieram os bolos para os amigos, vizinhos e o negócio começou a crescer. Hoje o cardápio da empresa familiar agrega mais de 50 diferentes tipos de bolos.
“Eu sempre fiz todos os bolos dos aniversários da família, depois comecei a fazer para vender, e comprava aquelas revistas de receitas de bolos nas bancas de jornais. Fiz o bolo de 1 aninho da Jaqueline, e hoje minha filha trabalha comigo, é uma alegria”, conta a confeiteira.
Jaqueline Albini Orsino, de 31 anos, é a filha e parceira de Aparecida nos negócios. Ela, que já nasceu numa casa com cheirinho de bolo, é hoje, quem administra as compras, organiza o cardápio, cuida das redes sociais e faz os docinhos que agregam ainda mais sucesso aos bolos da mãe.
Jaqueline é formada em Gastronomia, curso que escolheu também motivada pelo trabalho da mãe. Começou a fazer os docinhos bem jovem e sua primeira experiência foi com os brigadeiros para a sua própria festa de 15 anos.
“Eu fiz os brigadeiros para a minha festa de 15 anos e minha mãe fez um bolo lindo de três andares, que nunca vou esquecer. Ali tive a certeza do que eu queria fazer na minha vida, e hoje, sou muito feliz, trabalhando com doces junto com a minha mãe”, relata Jaqueline.
Mãe e filha afirmam que estão realizadas profissionalmente e que se completam no afeto e no trabalho. Jaqueline diz que admira a paciência, dedicação e carinho com que a mãe cuida do preparo, sabor e decoração dos bolos.
“Ela é um exemplo para mim. Ela fica muito feliz quando o cliente elogia os bolos, isso é motivador. É maravilhoso ter a oportunidade de trabalhar junto com a nossa mãe”, afirma Jaqueline emocionada.
Ao lado da filha, Aparecida Confeiteira conta que não imaginava que chegaria tão longe confeitando bolos, e melhor ainda, com a filha ao lado fazendo doces.
“Desde pequena, ela sempre gostou de fazer docinhos. E eu fazia bolos, e ela sempre estava ali por perto, e hoje é minha parceira. É muito bom trabalhar ao lado da minha filha. Sou uma mãe e confeiteira feliz”.
Na vida e na beleza
Outra história de parceria entre mãe e filha acontece no salão de beleza Essência, no bairro Popular de Rafard. As cabeleireiras Maria da Glória Brito dos Santos, 64 anos, e Katiana Brito S. Menegon, de 37 anos, trabalham juntas há cinco anos.
Entre uma cliente e outra, elas contam que são felizes trabalhando juntas, e que no dia a dia do próprio negócio, mãe e filha se completam.
“Eu amo meu trabalho e minha filha é minha parceira. Aprendo muito com ela, e quem vem ao nosso salão percebe esta parceria de amor”, conta Glória, que está há 18 anos no ramo da beleza.
Glória conta que não foi fácil chegar até os dias de hoje, com um salão completo montado num espaço ao lado da própria casa. Quando decidiu fazer o curso de cabeleireira, já vieram as primeiras barreiras. Primeiro ela teve que voltar a estudar para completar o ensino médio, e só depois fazer o curso que sonhava.
“Eu costurava de dia e estudava à noite. Só depois fui fazer o curso de cabeleireira. Consegui, e depois de alguns anos a clientela cresceu. Foi aí que dei de presente para minha filha um curso igual o meu”, conta Glória, que se diz feliz ao ver os resultados.
Quando ganhou o curso de cabeleireira de presente da mãe, Katiana não achou que daria tão certo. Ela trabalha junto com Glória e, além de cuidar da beleza dos cabelos, é responsável por toda a administração do salão.
“Hoje minha mãe é minha parceira na vida e no trabalho. Eu gosto muito de trabalhar ao lado dela, minha mãe foi uma lutadora, e isso me orgulha muito”, diz a filha.
Atualmente, Katiana mantém dois empregos, além de cabeleireira, também é professora de educação infantil. Duas áreas bem distintas, mas que ela afirma conciliar sem grandes problemas.
“Gosto de ser professora e também cabeleireira. Aqui no salão é diferente, é meu lugar junto com minha mãe, tenho orgulho dela”.