Nossas ferrovias
A Cia Paulista de Estradas de Ferro foi inaugurada em 1872, fazendo o trecho Campinas-Jundiaí.
No seu apogeu, ficou conhecida pelo seu alto padrão de qualidade no atendimento ao público.
A preocupação com a pontualidade era tanta, que as pessoas diziam que acertavam seus relógios na chegada dos trens.
Já em 1964 tínhamos sete companhias de estradas de ferro.
Eram elas: a Cia. Paulista, Mogiana, Sorocabana, Bragantina, Araraquara, Campos do Jordão e São Paulo-Minas.
Todas, há tempos, vinham prestando bons serviços no geral.
Apenas no ano de 1964, elas compraram 108 locomotivas.
Naquela época, eram fabricados nada menos que 10 novos vagões de passageiros por mês, no Estado de São Paulo.
As oficinas das companhias Araraquara, Sorocabana, Paulista e Mogiana construíam ou recuperavam 1200 vagões de carga por ano.
Ideias de Jerico
Um dia, alguém decidiu transferir para o Estado todas as nossas boas companhias ferroviárias.
Ideia recusada pela Assembleia Legislativa paulista em 1962 e, depois, em 1966.
Porém, em 1967 o então governador Roberto de Abreu Sodré permitiu que a Cia. Paulista absorvesse as companhias Araraquara, Mogiana e São Paulo-Minas.
A aquisição gerou problemas trabalhistas que só foram sanados cinco anos depois pelo governador Laudo Natel.
A Cia. Paulista transformou-se em Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.) e unificou todas as ferrovias do Estado (Araraquara, Mogiana, Sorocabana e a São Paulo-Minas)..
Em 1998, o governador Mário Covas entregou toda a Fepasa para a Rede Ferroviária Federal.
Pior a emenda…
Pois é!
Em 1998 ano da federalização do presidente FHC, todas as companhias paulistas foram incorporadas à sua, capenga e incompetente, Rede Ferroviária Federal, com sede no Rio de Janeiro.
Como não poderia deixar de ser, a capenga faliu e foi dissolvida no ano seguinte.
Hoje, vemos de longe, com inveja, os trens ultramodernos que trafegam no primeiro mundo, somente nos restando o gostinho de uma boa recordação de quando pudemos usufruir de um ou outro Trem Turístico.
Maria Fumaça
A nostálgica ‘Maria Fumaça’ ainda nos oferece passeios, como o de Campinas-Jaguariúna ou o Trem das Frutas (São Paulo-Jundiaí).
Termos, também, em épocas sem pandemia o Trem Turístico da República (Salto-Itu), o trem que faz São Paulo-Mogi das Cruzes, ou São Paulo-Paranapiacaba.
Sem falarmos em passeios mais curtos em trem turístico como o “Moita Bonita” em Paraguaçu Paulista, o de São Roque, etc.
Não podemos esquecer o famoso que vai até Campos do Jordão. Em breve outros virão.
Cursos para COMTUR
O primeiro Curso gratuito sobre Conselhos Municipais de Turismo foi realizado no dai 25 de março.
Em abril serão realizados nos dias 8 e 22. Em cada data os convites serão encaminhados para determinadas região.
Fiquem tranquilos, todos serão atendidos virtualmente.
Por Jarbas Favoretto, MTb 32.511