Uma abordagem que vem demonstrando resultados significativos no atendimento de pessoas com autismo é a Análise do Comportamento Aplicada ou como é mais conhecida no Brasil ABA (Applied Behavior Analysis).
A ABA utiliza estratégias de avaliação e intervenção pautadas em princípios científicos para construir repertórios socialmente relevantes e reduzir repertórios indesejados. Frequentemente, pessoas com autismo apresentam déficits de repertórios sociais, como: sustentar contato visual, manter uma conversa e apresentar verbalizações espontâneas, acadêmicos: pré-requisitos de leitura, escrita e matemática e de atividades da vida diária, como realizar e manter a higiene pessoal, preparar um suco, dentre outras e a intervenção terapêutica pautada nos princípios da ABA pode favorecer a instalação destas habilidades.
Com foco no tema, Adriana Guimarães e Ana Hessielbarth, representantes do Autismo em Rafard, se reuniram na última quarta-feira (3) com o prefeito de Rafard, Fábio Santos, e com o vice, Wagner Bragalda. O vereador Luiz Fernando Zape também esteve presente.
Segundo o governo municipal, o principal objetivo da reunião foi discutir políticas públicas de garantia e proteção das pessoas com transtorno do espectro autista.
Os caminhos e possibilidades para a implantação da terapia ABA pelo SUS também entrou em pauta.
“Nosso objetivo enquanto Poder Público é trabalhar para a igualdade de oportunidades e por isso estaremos sempre à disposição para tratarmos das ações relacionadas às pessoas do espectro autista e outras deficiências. Ouvir os envolvidos é de extrema importância neste processo para que as estratégias sejam ainda mais eficazes”, disse o chefe do Executivo.
Terapia ABA
O ensino é realizado partindo-se de unidades mínimas, ou seja, o ensino de habilidades mais simples para as mais complexas e em pequenos passos. Cada nova habilidade é ensinada (geralmente em uma situação de ensino individualizado) via a apresentação de uma instrução, seguindo uma hierarquia de ajuda pré-estabelecida. As respostas corretas são seguidas por consequências reforçadoras que aumentarão a probabilidade de emissão desta mesma resposta futuramente.
Na medida em que a criança é exposta às situações de aprendizagem (que amplia seu repertório de habilidades), os comportamentos inadequados tendem a diminuir cedendo lugar a novos comportamentos mais funcionais e adaptativos.
O uso da ABA utiliza quatro passos fundamentais: avaliação inicial; definição dos objetivos a serem alcançados; elaboração de programas de ensino; avaliação e monitoramento do desempenho do aluno a partir dos registros e os programas que serão ensinados ou aplicados.