Para quem é grande fã dos nossos amados alimentos verdes, já deve ter ouvido falar do tal “vegetarianismo”, forma de vida bastante saudável e interessante, onde nenhuma carne é ingerida, em nenhuma hipótese. Regime principalmente baseado na prevenção de ingestão animal, hoje em dia é algo bastante comum, além de ser um belo incentivo ao consumo de legumes e verduras. Mas se já conhece esse modo de vida, já ouviu falar do veganismo?
Bastante curiosa por assuntos aleatórios, resolvi, esta semana, me aprofundar na pesquisa sobre esse tema e, para quem também se interessa, esclarecer algumas dúvidas a respeito. Conversando diariamente com uma adepta desta prática que parece ser tão nova e moderna, descobri que a mesma é bem mais antiga do que pensamos.
Segundo nossa amada Wikipédia, a palavra “Vegan” foi utilizada pela primeira vez no ano de 1944, apesar de já ser uma prática bastante conhecida por algumas pessoas do século XIX. Na verdade, até então, o termo usado comumente era o já citado vegetarianismo, porém a popular discussão sobre o consumo de produtos lácteos e ovos distinguia muito ambos. O veganismo, ao contrário do que se diz, não é uma dieta ou regime, mas sim uma maneira explícita de lutar pelos Direitos dos Animais. Segundo a ideologia, nenhum animal deve sofrer com nossa “necessidade” de carne, pois, assim como nós, eles também tem uma vida, sentimentos e o direito de viver em paz.
Não é preciso ser seguidor dessa forma de vida para saber como os pobres bichinhos sofrem em mãos humanas, seja para abate de consumo ou até mesmo para estimação, onde muitos, por mera maldade, os maltratam e matam, sem motivo algum. Entrevistando minha prima (vegana de carteirinha), pude contemplar um exemplo bastante esclarecedor, do motivo da mesma ter se tornado vegana: “Comecei a associar a carne ao animal. Pensei, por que cuidamos tanto de cachorros ou gatos, e matamos o boi, o porco? Com que direito tiramos o leite da vaca?
A partir disso, fui pesquisar como essas coisas são feitas pela grande indústria e percebi ser uma coisa muito cruel (…). Não é só em relação a ter dó do animal, mas também por ser algo causador de impactos ambientais. Exemplo: é feito o desmatamento para ampliar pastos para a criação de gado, que será consumido pelos humanos, etc. Ou seja, além de ser uma crueldade com os animais, também acaba sendo com todo o planeta. Quando você vê o impacto, não consegue desver.” Mas muitos podem estar se perguntando: mas e as proteínas? As vitaminas presentes nesses alimentos? É óbvio que se alguém para de comer algo tão presente no dia a dia, sentirá a diferença no organismo. E é pensando nisso, que hoje a indústria vegana tem investido muito na busca de alimentos substituíveis. Leite de arroz, leite de soja, carne de soja… Segundo minha entrevistada, comer um x-burguer vegano é como comer um de carne, o gosto não muda. Há quem diga que não, nunca será a mesma coisa.
Mas então, se você não consegue se adequar ou adaptar a alimentação desse tipo, seja vegetariano, ou ao menos respeite os praticantes do mesmo. Não sou vegana ou vegetariana e ainda assim, admiro muito quem o faz, pois uma coisa que aprendi é que devemos respeitar para sermos respeitados. Acho uma forma de vida muito interessante, além de ser completamente a favor da defesa animal.
Termino então com uma frase de Paul McCartney, bastante real e incentivadora para quem deseja começar a seguir essa prática: “Se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos. Nós nos sentimos melhores com nós mesmos e melhores com os animais, sabendo que não estamos contribuindo para o sofrimento deles.”
Fica a dica de alguns famosos para se inspirar: Luisa Mell, Ariana Grande, Xuxa, Isabelle Drummond, Tatá Werneck, entre muitos outros.
Sara Figueiredo, estudante de Letras Português/Inglês. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.