Estamos há poucos dias das eleições municipais, que acontecem em 15 de novembro em todo país. Apesar dos pitacos daqui e dali, as campanhas aqui de Rafard e Capivari parecem estar mantendo um nível de muito cavalheirismo, sem ‘baixarias’ e denúncias de impugnação de candidaturas, como vimos em outros tempos.
Temos que levar em consideração, que esse pleito está sendo diferente, com maior suporte das redes sociais para disseminar as ideias e planos de governo. Afinal, não são todos que querem ou podem abrir as portas de suas casas, devido à pandemia do coronavírus. Ela ainda está aí, fazendo vítimas a cada dia.
Com todo respeito aos ‘marketeiros’ das campanhas dos candidatos, o que nos entristece é ver mais do mesmo. Propostas um pouco vazias, muitas delas que a gente sabe que não vai sair do papel. Prometer o que não pode cumprir, sem saber dizer como vão fazer, isso é enganar o povo, mais uma vez.
Slogans batidos e frases prontas, como o ‘grupo da família’, prometendo ser o candidato da mudança, da renovação, do novo. Uma família não se desmancha logo após uma disputa, ela continua firme, batalhando por um ideal e fazendo o bem, mesmo não sendo eleita para algum cargo.
E o que dizer dos discursos travados em frente às câmeras, onde fica claro que o candidato está lendo um texto que alguém preparou. Cadê a espontaneidade, a alma do candidato, o conhecimento de causa?
Para ser o gestor de uma cidade, é preciso ser o líder, sabendo ouvir é claro, mas colocando paixão e conhecimento a frente de tudo, para passar confiança e tranquilidade aos eleitores.
Não precisamos de super produções cinematográficas, mostrando a cidade de cima. É preciso manter os pés no chão, visualizando os problemas de perto, enxergando o caminho a percorrer e mostrando a solução. Caso contrário, a campanha não será nada mais que um filme de ficção.
O jeito de fazer política já vem mudando há algum tempo, mas muitos ainda não perceberam isso. O eleitor quer verdade, quer calor humano, quer propostas, quer gente que ame a cidade e demonstre que será capaz de representar e apresentar o município de uma maneira mais positiva lá fora.
Será que só a gente pensa assim?
