A chegada do inverno, com o clima mais seco, favorece a ocorrência de queimadas. Seja acidental ou proposital, essas queimadas prejudicam a saúde e a qualidade de vida, principalmente em cidades do interior.
Na tarde de domingo (3), moradores dos bairros e do Centro de Rafard sofreram com a poluição causada por um incêndio na lavoura de cana-de-açúcar de propriedade da Raízen, localizada próximo à divisa entre as cidades de Rafard e Capivari.
O fato que causou polêmica e foi flagrado por algumas pessoas, envolveu funcionários da usina Raízen. Um deles ateava fogo no entorno da lavoura. A cena foi captada por um drone que sobrevoou o local durante o incêndio.
Segundo a Raízen, a empresa opera com colheita mecanizada e não pratica a queima de cana em suas operações, reforçando seguir estritamente as diretrizes do Protocolo Agroambiental – Etanol Mais Verde, o qual determina a eliminação do uso do fogo na colheita de cana no Estado de São Paulo.
“A empresa monitora diariamente seus canaviais para prevenir e combater eventuais incêndios de origem desconhecida, acidental ou criminosa, adotando práticas corretas de contenção ao fogo”, complementa a nota.
Sobre o ocorrido no domingo, a Raízen informou que foi identificado o foco de incêndio em canavial de sua propriedade e imediatamente, os brigadistas foram ao local para combater e controlar a propagação do incêndio, através de melhores práticas em técnicas de combate ao fogo.
“Estas práticas, que incluem o apoio de caminhões pipa, são aplicadas para que as chamas que se encontrem no meio do talhão sejam eliminadas, colocando fim ao foco do incêndio, evitando que o fogo se alastre para o restante do canavial e contribuindo de forma efetiva para o sucesso da missão”, diz a nota.
No entanto, a equipe não obtive sucesso e o incêndio de grandes proporções assustou os moradores próximos.
As causas do incêndio são de origem desconhecida até o momento.
A verdade é que o fato causou grande impacto na qualidade de vida de todos. Com o vento soprando em direção às residências dos bairros e do Centro, somado à baixa umidade relativa do ar, a fumaça invadiu as casas e sufocou os moradores.
Estiagem
O período de estiagem, caracterizado pela redução, atraso ou ausência de chuvas, é propício para incêndios em terrenos, pastagens e às margens de avenidas e rodovias. Nesta época, como o ar fica mais seco, a incidência de problemas respiratórios, gripes e alergias é maior.
Para minimizar os impactos da estiagem à saúde e também à natureza, a população deve se atentar a algumas recomendações sobre práticas que devem ser evitadas, como: jogar bitucas de cigarro em terrenos de mata, queimar lixo, atear fogo e soltar balões.
“É preciso que os cidadãos tenham consciência de seus atos e ajam com responsabilidade. Em condições favoráveis, uma pequena faísca pode provocar um grande incêndio”, destaca a Defesa Civil.
As consequências das queimadas, são enormes, incluindo destruição de plantações, perdas florestais, morte de animais silvestres (inclusive de espécies ameaçadas de extinção), acidentes envolvendo pessoas (em alguns casos, levando até a morte) e poluição do ar.
Os efeitos causados pela baixa umidade do ar à saúde também podem ser minimizados pelas pessoas com algumas atitudes simples, entre elas: consumir bastante água, frutas e vegetais; evitar praticar atividades físicas entre 11h e 17h; em casa, umidificar o ar espalhando toalhas úmidas ou bacias com água pelos cômodos; e limpar os olhos com algodão e água esterilizada ou soro fisiológico (para evitar que fiquem secos e irritados).
De acordo com a lei federal 9.605/98, queimada é considerada crime em todo o território nacional. Portanto, fica mais uma vez o alerta às autoridades para que esse crime e atitudes irresponsáveis sejam reprimidas.
