Hoje, estádio abriga hospital para receber pacientes com coronavírus
Há precisamente oito décadas, o Estádio Municipal do Pacaembu abria as portas para o público na Praça Charles Miller, na cidade de São Paulo. Anos depois, seria rebatizado de Paulo Machado de Carvalho, nome do chefe das delegações do Brasil nas conquistas da Suécia (1958) e do Chile (1962).
Misturado ao nome do bairro, o monumento sediou eventos culturais marcantes. Entre os capítulos desta história, jogos na Copa de 1950, as despedidas de Romário e Ronaldo fenômeno da seleção brasileira e as conquistas da Libertadores da América por Santos (2011) e Corinthians (2012). Além disso, o gramado virou palco para receber o beatle Paul McCartney e o primeiro show dos Rolling Stones no Brasil.
Pelé também reinou por muitas vezes no Pacaembu. Foram 159 partidas e 127 gols marcados no estádio, onde jogou pela última vez em setembro de 1974.
No início deste ano, o estádio foi concedido pela prefeitura à iniciativa privada. Hoje, o campo tornou-se a base de um hospital de campanha com 200 leitos para atender às vítimas do novo coronavírus (covid-19).
Pelas redes sociais, o público foi incentivado pela concessionária que administra o estádio a contar histórias pessoais vividas no espaço. “Aos 8 anos de idade, queriam que eu fosse corintiano. Aí me levaram para meu primeiro jogo de futebol no Pacaembu. Em campo, Ademir da Guia, acabei virando palmeirense”, diz o internauta Paulo Del Castro no perfil do Twitter da Allegra Pacaembu, que vai gerir o espaço pelos próximos 35 anos.
Os administradores do Pacaembu pretendem realizar uma obra no final deste ano. A ideia é que no local onde se localiza o famoso tobogã seja construído um edifício de uso múltiplo de 44 mil m² que abrigará espaços comerciais, de alimentos e bebidas, de varejo, além de um estacionamento com 450 vagas, um anfiteatro, um centro de convenções subterrâneo e eventos.