Em política temos sempre que acreditar esperando o fruto, o resultado que virá de sua ação.
Como deputado e Ministro e depois Presidente do Supremo do Trabalho, Almir Pazzianotto Pinto, nosso conterrâneo, foi digno do título, isso é muito bom para nossa gente.
No seu último artigo publicado em jornal, com título “A irresponsabilidade do Imperador”, o nosso digníssimo advogado começa passando pelas diversas constituições até a atual para dizer que o atual presidente cometeu o crime de ato contrário à “probidade na administração”, ao demitir o ministro da saúde Mandetta. Jair Bolsonaro pode demitir o Ministro Mandetta?
Acredita o experiente jurista Almir Pazzianotto que a demissão contribuiria “para o fracasso do programa de contenção do Covid-19”… Que “todo o dinheiro gasto teria sido inútil”.
Os Ministros não são salvadores da pátria, assim como o presidente e governadores – podem ser bons administradores. Mudando o titular, você tem a possibilidade de escolher um melhor, e essa escolha é prerrogativa de um Presidente, mas se mantêm o escalão e os recursos adotados.
O anúncio do oncologista Nelson Teich para chefiar o Ministério da Saúde é uma ironia do destino. Teich era cotado para assumir a pasta durante o período de transição para o governo de Jair Bolsonaro. Fez carreira no setor privado e sua indicação contou com o aval da Associação Médica Brasileira. “Ele é uma pessoa que tem os predicados científicos necessários para enfrentar a pandemia”, afirmou, à VEJA, Lincoln Lopes Ferreira, diretor da AMB.
Mas, em política, sem conhecer e sem ver sua história, não toquemos tambor para maluco dançar. Mesmo porque o tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro, como dizia o Barão de Itararé.
E pelo que conhecemos de Mandetta, este também tem rastro de pólvora, quando foi secretário em seu estado natal, o Mato Grosso; e como deputado federal por quase dez anos, como médico, o que fez para impedir a construção de “elefantes brancos”, na copa do mundo, que foram os estádios?
Cinco dos 12 palcos da Copa 2014 têm aproveitamento inexpressivo e geram prejuízos aos cofres públicos: a Arena Pernambuco, no Recife, a Arena da Amazônia, em Manaus, o Mané Garrincha, em Brasília, a Arena Pantanal, em Cuiabá (estado do ex-Ministro da Saúde), e a Arena das Dunas, em Natal… localidades que nem time de futebol profissional da série “A” possuem. São prejuízos que poderiam ter sido bem investidos em hospitais e equipamentos.
Disse o médico espiritual André Luiz, através do médium Chico Xavier: “Não sobrecarregues os teus dias com preocupações desnecessárias, a fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria”.
E em outra mensagem (1) afirma: “Haja mais amor nos corações para que o rio das dádivas transite no santuário sem prejuízo ao bem coletivo.
“Até mesmo para receber a felicidade é preciso preparação. Sem vaso adequado, os bens do Alto se contaminam com as perturbações do campo inferior, qual acontece à gota diamantina que se converte em lama quando cai na poeira da Terra”.
(1) André Luiz (Chico Xavier) – Excursão de paz – CEU
ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.