Sem receio e estarmos errando, afirmamos que jamais estaremos sós, uma vez que; o corpo material sem o espiritual não se comunica e o material sem o espiritual não vive, está morto.
Como seres viventes, participantes da humanidade que habita o planeta Terra (que passa por uma terrível e sofredora fase de peste, provocada pelo vírus Covid-19), por estarmos cumprindo na íntegra, as determinações emanadas do Ministério da Saúde, (em especial não saindo de casa), evitarmos, o risco de sermos atingidos pelo assassino vírus, como acontece com os que desobedecem as orientações.
Diariamente aumenta, no mundo todo, o número de mortos e outros tantos sob a suspeita do contágio, sem indícios de diminuição, assim como da descoberta de vacina capacitada de combater, dar fim à pandemia.
A vida no planeta sofre uma transformação, em todos os sentidos e jamais imaginada, afetando, além da parte material (comércio, indústria, finanças, etc., etc.), as partes do corpo físico, da saúde mental, sistema nervoso e intelectual, levando algumas pessoas, que não encontrando solução para o sério problema, entram em depressão.
Muitas pessoas comentam conosco “sinto-me só, abandonado e sem apoio”, outras que conformadas, dizem-se acostumadas com a solidão, mas as coisas estão há muito tempo diferentes e estamos felizes por termos a certeza (agora confirmada com a quarentena), de estarmos acompanhados mentalmente pelo amor fraterno, emanado de alguns parentes bem como de sinceros e leais amigos, que nos dão apoio e coragem para perseverarmos na afirmação “Nenhum mal existe em mim e nenhum mal me atingirá!”.
Na vida cotidiana, a solidão pode ser muito angustiante, na verdade, mais angustiante do que qualquer outra coisa, resultando, as vezes em uma tragédia (uma característica do estado depressivo é o suicídio), uma deficiência, separação definitiva ou temporária assim como, de haver sido abandonado por um ente querido.
Há pessoas que nasceram introvertidas, preferindo estar sempre sós, a frequentar reuniões em sociedade ou familiares e outras o oposto, a falta de constantes contatos físicos ou outros, lhes causa terrível mágoa sentindo-se desprezadas.
No entanto, essa solidão pode, em alguns casos, mascarar um descontentamento, até mesmo uma tendência ao que denominamos de depressão, uma noite obscura e permanente. Se esta solidão incluir silêncio, isto pode estar confirmando o que dissemos, porém, não é sempre o caso, e também é verdade que a tagarelice e expressividade por ser sintoma de uma enorme sensação de solidão ou de um vazio interior.
Nossa linguagem sabiamente compreendeu os dois lados de estarmos sozinhos, criando as palavras “isolamento” e “quarentena” para expressar a dor de estar sozinho e criou a palavra “solidão” para expressar a glória de estar sozinho.
Quando dizemos que “a solidão é santa”, não quisemos dizer ser ela uma total separação ou um completo esquecimento das pessoas e da sociedade, mas uma retirada onde a alma pode comungar consigo mesma.
É bem sabido que temos que ser uma boa companhia para nós mesmos, o que não impede de sermos também, uma boa companhia para os nossos semelhantes.
Rafard, 08 de Abril de 2020.
ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.