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Não estamos sós – Colaboração

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Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário (Foto: Arquivo)

Sem receio e estarmos errando, afirmamos que jamais estaremos sós, uma vez que; o corpo material sem o espiritual não se comunica e o material sem o espiritual não vive, está morto.

Como seres viventes, participantes da humanidade que habita o planeta Terra (que passa por uma terrível e sofredora fase de peste, provocada pelo vírus Covid-19), por estarmos cumprindo na íntegra, as determinações emanadas do Ministério da Saúde, (em especial não saindo de casa), evitarmos, o risco de sermos atingidos pelo assassino vírus, como acontece com os que desobedecem as orientações.

Diariamente aumenta, no mundo todo, o número de mortos e outros tantos sob a suspeita do contágio, sem indícios de diminuição, assim como da descoberta de vacina capacitada de combater, dar fim à pandemia.

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A vida no planeta sofre uma transformação, em todos os sentidos e jamais imaginada, afetando, além da parte material (comércio, indústria, finanças, etc., etc.), as partes do corpo físico, da saúde mental, sistema nervoso e intelectual, levando algumas pessoas, que não encontrando solução para o sério problema, entram em depressão.

Muitas pessoas comentam conosco “sinto-me só, abandonado e sem apoio”, outras que conformadas, dizem-se acostumadas com a solidão, mas as coisas estão há muito tempo diferentes e estamos felizes por termos a certeza (agora confirmada com a quarentena), de estarmos acompanhados mentalmente pelo  amor fraterno, emanado de alguns parentes bem como de sinceros e leais amigos, que nos dão apoio e coragem para perseverarmos na afirmação “Nenhum mal existe em mim e nenhum mal me atingirá!”.

Na vida cotidiana, a solidão pode ser muito angustiante, na verdade, mais angustiante do que qualquer outra coisa, resultando, as vezes em uma tragédia (uma característica do estado depressivo é o suicídio), uma deficiência, separação definitiva ou temporária assim como, de haver sido abandonado por um ente querido.

Há pessoas que nasceram introvertidas, preferindo estar sempre sós, a frequentar reuniões em sociedade ou familiares e outras o oposto, a falta de constantes contatos físicos ou outros, lhes causa terrível mágoa sentindo-se desprezadas.

No entanto, essa solidão pode, em alguns casos, mascarar um descontentamento, até mesmo uma tendência ao que denominamos de depressão, uma noite obscura e permanente. Se esta solidão incluir silêncio, isto pode estar confirmando o que dissemos, porém, não é sempre o caso, e também é verdade que a tagarelice e expressividade por ser sintoma de uma enorme sensação de solidão ou de um vazio interior.

Nossa linguagem sabiamente compreendeu os dois lados de estarmos sozinhos, criando as palavras “isolamento” e “quarentena” para expressar a dor de estar sozinho e criou a palavra “solidão” para expressar a glória de estar sozinho.

Quando dizemos que “a solidão é santa”, não quisemos dizer ser ela uma total separação ou um completo esquecimento das pessoas e da sociedade, mas uma retirada onde a alma pode comungar consigo mesma.

É bem sabido que temos que ser uma boa companhia para nós mesmos, o que não impede de sermos também, uma boa companhia para os nossos semelhantes.

Rafard, 08 de Abril de 2020.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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