Muitos vendedores de religião fácil afirmam que não precisam guardar a lei porque Jesus a aboliu, ou porque ninguém é salvo pela lei, mas pela graça, e pior ainda, a letra mata, o Espírito vivifica.
Argumentos para iludir e viver um “laisse fair” (deixa estar), Esses “pastores” são lobos devoradores, serão responsabilizados por ensinar e deixar nas trevas da ignorância os filhos de Deus. Dizem: a letra mata, mas leem e pregam a Escrita, ainda que deturpada.
Quando seus membros tornam-se assassinos, roubadores, são expulsos, e considerados inimigos. Ratificam, assim, a lei de Deus, é um paradoxo! Noutra questão, sim somos salvos pela graça (Ef 2:8-9), mas a graça nos salva do que? Da culpa do pecado; e João diz que pecado é transgredir a lei (3:4). Jesus ordenou: Eu também não a condeno.
Vá e não peque mais (Jo 8:11) isto é: não transgrida mais os mandamentos. Por último, o próprio Jesus disse que não a aboliu, mas enfatizou a necessidade de guardar toda a lei, cuja duração é “até que o céu e a Terra passem” (Mt 5:17-18). O que Jesus quis dizer quando disse que “nem um til, ou, um jota será tirado da lei”? Ele deixou alguma dúvida? Pode o humano, por mais poderoso mudar algum mandamento de Deus? Com que autoridade mudaram o segundo, o quarto e o décimo mandamentos? Despojado de preconceitos e das suas raízes religiosas, compare com sincera reflexão, o que dizem o Catecismo e a Bíblia católica (Ex 20:3-17).
1º: Não terás outros deuses. 1º: Amarás ao teu Deus sobre todas as coisas
2º: Não farás imagem de escultura, não ajoelharás diante dela, nem lhe prestarás culto. : 2°: Não tomar o nome de Deus em vão (3º da Bíblia)
3º: Não pronunciarás o nome de Deus em vão.
3º: Guardar o domingo e dias de festa.
4º: Guardar o sábado: familiares, empregados, visitas e animais devem trabalhar 6 dias e descansar no sétimo. 4º: Honrar os pais.
5º: honrar os pais. — 5º: Não matar.
6º: Não matarás. — 6º: Não pecar contra a castidade.
7º: Não adulterarás. — 7º: Não furtar.
8º: Não furtarás. — 8º: Não levantar falso testemunho contra o próximo.
9º: Não serás falso testemunho. 9º: Não desejar a mulher do teu próximo.
10º: Não cobiçarás a casa, a mulher, os servos, os animais do próximo.
10º: Não cobiçar a casa e as coisas do próximo.
Vemos que a lei, escrita pelo dedo de Deus (Ex 31:18) foi adulterada (embora Jesus tenha afirmado a sua imutabilidade e perpetuidade (Mt 5:18; 19:17-19), Ele mesmo a guardou (Mt 5:17), bem como Seus discípulos (Ro 7:14-22; 1 Jo 5:2-3), também, a então, Virgem Maria e as demais mulheres obedeceram a lei (Lc 23:54-24:1). A Bíblia confirma a necessidade de guardá-la para não pecar (1Jo 3:4) e para ser justificado (Ro 2:13), ainda assim, a lei continua alterada e pisada, por religiosos e não religiosos, sem o menor escrúpulo.
Paulo disse que os maus se inclinam para a carne porque não são sujeitos à lei de Deus, são inimigos de Deus (Ro 8:7-8; Tg 4:4). O Diabo, coloca-se como adversário e batalha contra os que guardam os mandamentos de Jesus e testemunham de Seu amor (Ap 12:17), estes são chamados santos porque perseveram em guarda-los e confiam em Cristo (Ap 14:12).
Você tem livre arbítrio garantido e respeitado, mas a consequência é intransferível (Ecl 11:9; Is 3:10-11). Um lembrete oportuno: seremos julgados com base nos Seus decretos (Ecl 12:13-14; Tg 2:12; Ro 2:12). Jesus adverte: enquanto não há conhecimento não há culpa, mas uma vez conhecedor, torna-se culpado (Jo 9:41).
O Espírito Santo nos conscientiza do aviltamento, porém os que erram sem conhecimento dos estatutos, perecerão sem lei, mas os que conhecem serão julgados pelos seus decretos (Ro 2:12). Sim, a fé não salva, mas não anula a lei, antes, a confirma (Ro 3:31).
Fé é a certeza de que a Bíblia contém os ensinos instrucionais para uma vida saudável física e moral e nos dá a firme segurança de que Jesus é o Deus que nos perdoa e nos proporcionará a vida plena e eterna de paz e alegria (Jo 3:16). “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu tua casa” (At 16:31). Se quer a vida, guarde os mandamentos e creia que Jesus perdoa aos que Lhe obedecem (Hb 5:9).
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.
